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Corte de verba
URGENTE: Reitoria bolsonarista da UFRGS suspende maioria das bolsas de auxílio estudantil
Redação

A reitoria da UFRGS, comandada pelo interventor bolsonarista Bulhões, anunciou hoje (31) a suspensão de quase todas as bolsas da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE) por tempo indeterminado por conta dos cortes na educação. Um ataque direto aos estudantes bolsistas que precisa ser barrado e revertido com organização e luta!

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A reitoria bolsonarista de Bulhões não titubeia em despejar a crise nas costas dos setores mais precarizados da universidade. Em um ofício publicado na tarde desta terça-feira, 31, a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE) anunciou que, para se adequar à Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2023, terão que suspender 5 das 6 modalidades de bolsas estudantis. Entre elas, estão as bolsas tipo Aperfeiçoamento, Informática, Ensino-Benefício, Iniciação Científica-Benefício e Extensão Benefício, modalidades que dão origem a inúmeras bolsas da universidade.

O decreto afirma que o encerramento dessas bolsas será gradual, via a não publicação de novos editais e a não renovação dos atuais contratos em aberto. Isso significa que não só os calouros sequer terão oportunidade de conseguir uma bolsa PRAE, como também centenas de estudantes serão demitidos e perderão parte de sua renda. Ainda não é possível afirmar o número exato de bolsistas que serão afetados, mas é certo dizer que centenas ficarão sem esse auxílio.

Esse ataque afeta em cheio o conjunto dos estudantes trabalhadores e cotistas, que se equilibram na corda bamba do trabalho precário, bolsa e estudos para conseguir se sustentar e se manter na universidade. E a realidade é que esses cortes não surgiram ontem nem são as primeiras bolsas a serem suspensas. A crise que assola as universidades federais é uma bola de neve que se acumula já há 8 anos e sempre são os estudantes bolsistas, cotistas e trabalhadores terceirizados os que primeiro são afetados, situação que se agravou desde o golpe de 2016 e o governo reacionário de Bolsonaro. Haja visto que recentemente, em dezembro de 2022, o corte de Bolsonaro no MEC resultou no não pagamento de dezenas de residentes e, ainda que tenha recuado parcialmente devido às mobilizações em algumas universidades, o rombo na educação segue colossal.

O movimento estudantil precisa responder à altura esse ataque da reitoria! Não podemos permitir que nenhum estudante fique sem bolsa. É preciso construir uma forte mobilização de estudantes e trabalhadores contra a suspensão das bolsas, os cortes na educação e o teto de gastos. O DCE da UFRGS e os Centros Acadêmicos precisam construir essa luta pela base, convocando imediatamente uma assembleia geral para que possamos nos organizar.

Desse modo, através da auto-organização, é possível ir além e garantir não só a reversão dessa suspensão, como também avançar para defender o reajuste das bolsas, que em sua maioria estão congeladas em R$400 há anos, um valor ínfimo que não chega nem perto de pagar sequer uma cesta básica ou aluguel. Também é crucial defender a revogação de todos os cortes na educação, o fim integral do teto de gastos e o não pagamento da dívida pública para garantir mais verba para a educação, pois apenas desse modo será possível avançar para dar um fim à crise das universidades e garantir que todes possam ter o direito de estudar. Essas batalhas estão diretamente ligadas à luta para derrotar a reitoria interventora de Bulhões e Pranke e varrer toda herança do bolsonarismo na UFRGS, avançando para o questionamento à estrutura antidemocrática que hoje rege a universidade.

Essa luta só pode ser travada de maneira independente da reitoria e de todos os governos, sem confiar que o governo Lula-Alckmin, que está de mãos dadas com a direita e os empresários da educação, irá levar essas demandas à frente. É diante disso e de todas as urgências que se desprendem da crise na educação que precisamos defender uma UNE que sirva como uma entidade de luta e defenda os interesses dos estudantes, e não que atue como uma secretaria do governo, como faz hoje a atual direção da UJS/PCdoB e PT. Só nossa organização e luta independente pela base pode garantir nossas demandas e nós da Faísca Revolucionária colocaremos toda nossa força nessa luta em defesa dos bolsistas e da educação pública, batalhando por uma universidade que esteja à serviço dos estudantes, trabalhadores e conjunto da população, e não do lucro de alguns poucos.

 
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