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O governo do bolsonarista Tarcísio vem repetindo suas declarações de que vai avançar nas privatização dos transportes em SP, vender todas as linhas da CPTM, e avançar na privatização do Metrô. Como parte disso, precariza as condições de funcionamento do Metrô. Leva a situações de insegurança para a população, como vimos na recente colisão de trens na Linha 15. Como parte dessa política de precarização, o Metrô nega intransigentemente as reivindicações dos trabalhadores - que exigem mais contratações e o pagamento de um abono pelo calote de direitos não pagos nos últimos anos -, e hoje encerrou as negociações.
Veja abaixo a fala de Fernanda Peluci, diretora do Sindicato dos Metroviários e do Movimento Nossa Classe, denunciando a situação e defendendo a greve a partir das 0h de hoje:
“A justiça mostrou pra que veio, querendo postergar e enfraquecer nossa luta, já que de quinze dias pra cá nada mudou nas negociações.
Mas apesar da justiça, das ameaças que o Metrô vem fazendo contra os Metroviários que estão mobilizados a meses, nossa mobilização seguiu forte, mostrando enorme disposição de luta, inclusive no Monotrilho onde os companheiros estão em forte campanha pela implementação de cabines e contra a privatização.
Tarcísio só sabe falar em avançar na privatização, do porto de santos, Sabesp, da CPTM e do Metrô, mas a população está sentindo as consequências disso nas linhas privatizadas, e a gente pode confluir e se aliar com a população nessa luta, e deixar o governo ainda mais na defensiva com essa política de privatização.
Tarcísio usa dinheiro público para dar 6,30 por passageiro para a CCR na linha amarela, e temos o dever de escancarar isso. Para enriquecer esses empresários eles têm dinheiro, assim como para aumentar seus próprios salários como do governador em 50%. Essa é a mesma política que em Belo Horizonte, com aval do Lula, estão entregando o Metrô de lá (que é federal) para um empresário denunciado por trabalho escravo.
O avanço da terceirização leva a acidentes como o que matou um colega terceirizado na CPTM semana passada. E a nossa força está na nossa luta em aliança com a população que se indigna com tudo isso.
É essa força que pode conquistar nossos direitos agora, e fortalecer a luta mais geral, unificar a categoria não somente pelo abono e contratação que são pautas centrais, mas também contra a privatização e a terceirização.
Por isso defendemos a greve, e fazemos o chamado aos demais setores da diretoria, ao Chega de Sufoco [integrado pela Resistência-PSOL], a reverem sua posição e defenderem a greve e construírem a unidade para fortalecer nossa luta.”
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