Deputados do partido de Geraldo Alckmin, que ocupa a vice-presidência, se somaram à frente agropecuária. O mesmo também fez o deputado Luciano Amaral, do PV, partido liberal que integra federação com o PT e PCdoB e faz demagogia com as causas ambientais. Felix Júnior, do PDT de Ciro Gomes, também votou favorável.

O grosso dos votos ficou pela conta dos partidos que ganharam ministérios no governo. O MDB de Simone Tebet, que durante a campanha de 2022 também fez demagogia com as pautas ambientais, deu 22 votos pelo marco temporal. O PSD de Kassab e União Brasil de Daniela do Waguinho deram 25 e 48 votos favoráveis, respectivamente.

A votação dessa noite é mais uma prova de como a conciliação de classes fortalece a direita e extrema direita. Partidos que acumulam ministérios no governo foram responsáveis, ao lado de Lira e do bolsonarismo, pela aprovação desse ataque brutal aos povos indígenas.

A conciliação de classes é incapaz de parar os ataques contra os trabalhadores e povos oprimidos. Em verdade, a frente ampla têm sido parte fundamental dos ataques ao meio ambiente, com mais de 30 deputados do PT votando favoráveis à flexibilização da lei contra o desmatamento na Mata Atlântica na semana passada.

Somente a luta dos trabalhadores, aliada à luta dos povos indígenas e ativistas pela preservação ambiental pode parar tantos ataques.