João Pedro, Agatha, Kauê, Kauan, agora Thiago, e tantas outras crianças no Rio de Janeiro que foram assassinadas pelas mãos da Polícia. Nomes e memórias de jovens negros, que devem ser lembrados frente aos acontecimentos das últimas semanas, no Rio, na Bahia e em São Paulo, nesse último a operação na Baixada Santista se mantém.
A política do governo federal nos últimos meses, na figura de Flávio Dino, foi de lançar o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania. Uma nova versão de uma política já feita nos primeiros governos petistas. O projeto, junto com governadores, moderniza o aparelho repressivo dos estados e das polícias militares, como as da Bahia e Rio.
O governo Lula-Alckmin também vem aprovando ainda mais cortes na educação e saúde. Junto com o Arcabouço Fiscal e a Reforma Tributária fazem a burguesia comemorar e empurrar ainda mais a precarização das massas trabalhadoras, pobres e negras da sociedade brasileira.
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O estado que tomou as manchetes do programa Pronasci foi o Rio de Janeiro, com investimentos que chegam a 200 milhões, entre armas e construção de presídios. E a promessa de dobrar esse orçamento, em caso de requisição de Cláudio Castro. Isso em um momento em que a greve da educação do Rio era criminalizada pelo Tribunal de Justiça e o governo, num dos estados com salários mais baixos do setor.
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Em evento junto a Claudio Castro, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, Lula criticou a polícia e a morte de Thiago, mas manteve a tese de que a polícia tem que matar bandido. Lula disse: “A polícia tem de saber diferenciar o bandido e o pobre”.
Como já apontamos recentemente, sob a bandeira da “guerras às drogas”, as chacinas e assassinatos até de crianças são uma forma de coerção do Estado de manter, os negros - e todo um setor pauperizado, que já protagonizaram diversas revoltas na história do país e do mundo, a paz social tão necessária para a manutenção do capitalismo. A luta por justiça por Thiago e por todos aqueles mortos pelas mãos da violência policial passa por responsabilizar o Estado capitalista e seus governos.
Foi com essa luta por justiça e responsabilizando como crime de Estado que a juventude Faísca Revolucionária atuou em todo país nesse 11A, dia do Estudante e no Rio que fez ato na véspera, como pode ser visto na fala de Miguel, estudante de história da UFF:
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