Na madrugada desta quarta-feira, fomos surpreendidos com as imagens de um incêndio no campus centro da UFRGS. O fogo atingiu duas salas de um prédio anexo à Escola de Engenharia, na Osvaldo Aranha, sendo uma delas o depósito de uma empresa terceirizada de manutenção.

Sem nenhum ferido, o incêndio danificou alguns materiais e apenas o telhado do laboratório de Engenharia Geotécnica e Geotecnologia Ambiental. Felizmente, as chamas não chegaram a nenhum prédio histórico localizados na mesma região do Campus.

Ainda não se sabe a causa exata do incêndio na nossa universidade, mas sabemos da situação infraestrutural precária na qual ela está inserida, fruto de anos e anos de mais cortes, que hoje são geridos pela reitoria interventora de Bulhões e Pranke. Cortes esses que foram aprofundados em bilhões no governo Bolsonaro e que hoje o governo Lula-Alckmin não se propõe a reverter.

No começo deste ano vimos outra ameaça de incêndio no prédio do Departamento de Artes Dramáticas da UFRGS causado por um curto-circuito na fiação elétrica em um dos palcos de apresentação onde ficam boa parte dos materiais eletricos de alta voltagem. Somado a isso, sabemos que muitos dos prédios não têm infraestrutura adequadas com saídas de emergência de fácil acesso e com acessibilidade.

Nós da Juventude Faísca Revolucionária e Esquerda Diário entendemos que é preciso lutar por infraestrutura digna em nossas universidades, o que passa por uma luta intransigente contra a intervenção bolsonarista na UFRGS e pela abertura do livro de contas para ter clareza sobre as condições concretas para garantir toda a infraestrutura mínima necessária para nossos cursos e prédios da UFRGS, ou seja, reformas, contratações, acessibilidade e outras medidas.

Só que para se enfrentar até o fim com essa situação, é preciso também se enfrentar com o conjunto de ataques e reformas, como o Arcabouço Fiscal e pela reversão total dos cortes, que hoje o governo Lula-Alckmin avança e se propõe a manter. Isso só poderá ser feito com a auto organização dos estudantes em aliança com os trabalhadores de dentro e de fora da nossa universidade, acreditando em nossa própria força, independente de qualquer reitoria e dos governos.