A política de Tarcísio é explicitamente de ataques duros para satisfazer a sanha dos capitalistas por lucros, que tem levado adiante uma ofensiva total de privatização aos serviços públicos, precarização e demissão dos trabalhadores que lutam contra o projeto anti-operário. A participação do governo de frente ampla que já integrou o odioso partido de Tarcísio (Republicanos) ao governo, é de conceder um PAC milionário ao governo de São Paulo para efetivar as chamadas parcerias público-privadas, isto é, as privatizações, além do financiamento do BNDES para essa ofensiva.

A colaboração com Tarcísio e, nesse caso, também com o bolsonarista Cláudio Castro do Rio de Janeiro não parou por aí, dessa vez para auxiliar na repressão contra trabalhadores e juventude. Em meio ao aumento da letalidade policial de São Paulo e visando responder à crise da segurança pública, Lula decretou a Garantia da Lei e da Ordem autorizando as Forças Armadas a intervirem nos portos e aeroportos dos dois estados. A quais interesses está servindo ao fortalecer a militarização no momento de explosão de chacinas que tiram as vidas da juventude negra enquanto agrada a base bolsonarista ao limpar a cara do alto escalão militar após os atos golpistas do 8 de janeiro?

Lula, que se mantém em silêncio sobre a greve unificada dos trabalhadores em São Paulo contra a guerra privatista de Tarcísio, ao tentar conciliar e governar com os interesses da extrema direita brasileira, acaba por fortalecê-la. Nesse sentido, não é possível ter confiança em governos que dizem estar ao lado dos trabalhadores enquanto cooperam com governos reacionários que atacam esses mesmos trabalhadores. É preciso se enfrentar com os capitalistas e seus governos na luta de classes com independência política e confiando somente em suas próprias forças.