Segundo estudo feito pelo Instituo Cidades Sustentáveis, Recife ocupa o posto de segunda cidade mais desigual do país. O estudo se baseou em 40 indicadores, usando dados sobre à educação, acesso à moradia, à saúde, renda, violência etc. A capital pernambucana perde apenas para Porto Velho.

A desigualdade na cidade não é novidade para quem vive nela. Basta andar rapidamente para vermos prédios de luxo contrastando com palafitas. A informalidade bate recordes enquanto boa parte das casas não tem acesso à água regularmente. Enquanto isso, a polícia segue matando nas periferias, como no caso da Chacina de Camaragibe ou na morte do menino Derick, de apenas 13 anos.

Apesar de tudo isso, o prefeito João Campos segue fazendo demagogia com a periferia “nevando” o cabelo. Faz isso apenas para lavar a cara enquanto mantém toda a desigualdade e a precariedade estrutural da cidade, como mostramos aqui. Apesar disso, se depender da prefeitura a desigualdade aumentará ainda mais. Os aluguéis vão ficando cada vez mais caros, enquanto João Campos remove famílias de comunidades em bairros nobres, como a Vila Esperança, para aumentar o espaço para a especulação imobiliária.

Enquanto a especulação imobiliária vai afastando mandando os mais pobres para morar cada vez mais longe, as condições de precariedade permanecem e, como a falta de saneamento, agora com a proximidade da fase chuvosa, podemos ver tragédias similares a que vimos em 2022.

Enfim, vários exemplos que mostram como a prefeitura, assim como a governadora Raquel Lyra, são responsáveis por manter a precariedade da cidade, fazendo ocupar essa colocação. Nesse sentido, se faz evidente a necessidade de construir uma alternativa revolucionária, que questione os problemas estruturais da cidade, defendendo uma reforma urbana radical, junto a um plano de obras públicas que possa resolver os problemas da cidade como a ausência de saneamento e que lute contra a precarização do trabalho, como único caminho para acabar com a tamanha desigualdade na capital pernambucana.