Os piquetes que bloqueiam as refinarias, em greve por tempo indeterminado desde a semana passada, provocaram o desabastecimento de grande parte dos postos de gasolina em todo o país. Nessa quarta-feira, eles votaram pela adesão dos trabalhadores das usinas nucleares à greve, o que pode levar a cortes de energia.
Nesta quinta-feira, começou um novo dia de greves, que paralisa o transporte, os trens e os caminhões de carga; isso está causando suspensões e atrasos nos aeroportos.
Philippe Martinez, dirigente da CGT, disse que eles estão dispostos a "bloquear o país" a fim de parar a reforma trabalhista, que foi aprovada por decreto do governo de François Hollande, mas gera a rejeição de 70% da população francesa.
O governo desbloqueou duas dessas refinarias através da repressão e diz que continuará "desbloqueando", usando a força policial.
Para o dia de hoje, espera-se grandes mobilizações em dezenas de cidades francesas.
Em Paris, a mobilização terá início às 14 horas (hora local), começando na Praça da Bastilha em direção à Praça da Nação.
De acordo com uma pesquisa realizada depois do dia 19 de maio, quando os bloqueios já haviam começado nas refinarias, 62% das pessoas consultadas consideraram "justificado" o movimento de luta contra a reforma trabalhista. Isso nega completamente as mentiras do governo Hollande, que garante que os bloqueios das refinarias são feitos por uma “minoria”.
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