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UNICAMP
Na Unicamp, estudantes e funcionários realizam forte ato contra as punições
Guilherme Zanni
Professor da rede municipal de Campinas.

Os estudantes que deliberaram pelo fim da greve histórica na semana passada paralisaram o início do período de reposições para a realização desse ato durante a reunião de sindicância, em frente à reitoria, do aluno e membro do DCE, Guilherme Montenegro, demonstrando que a luta contra as punições segue com toda força.

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Estava marcada para hoje (08), às 8h da manhã, a oitiva do estudante de geografia e membro do DCE, Guilherme Montenegro, sobre o processo de sindicância aberto contra ele pelo professor Serguei Popov, após a exposição de um vídeo nas redes sociais no qual o estudante, durante uma intervenção em sala, apaga a lousa do professor que tentava burlar o direito de greve dos estudantes.

Porém, 80 estudantes e funcionários, depois de um café da manhã coletivo, e cantando diversas palavras de ordem, demonstraram a força da sua mobilização, apesar da truculência da reitoria, que corta ponto de trabalhador e pune estudante que luta por cotas e pela educação pública. Demonstraram que enquanto houver estudante sendo sindicado e trabalhador sem salário, e enquanto as promessas arrancadas da reitoria durante a greve não forem cumpridas, a resistência não para.

A reitoria então decidiu por adiar mais uma vez as oitivas do dia de hoje – no período da tarde aconteceria a oitiva do professor Popov, quem abriu o processo. Isso se deu por um lado pelo pedido de nulidade da sindicância realizado pela advogada do DCE, que acompanhou a mobilização dos estudantes desde a ocupação da reitoria, e que está sem resposta até hoje. Mas por outro lado, isso expressa a força da resistência dos estudantes ao lado dos funcionários da Unicamp, que tem nesses atos expresso a contundência de sua mobilização para barrar as punições.

Os estudantes “comemoram” hoje também o aniversário de um mês do descumprimento por parte da reitoria dos acordos conquistados pelos estudantes no processo de desocupação da reitoria, como o GT sobre ampliação da moradia que deveria ter sido realizado 15 dias após a desocupação. E para comemorar esse aniversário, durante o ato foi organizado um poster bomber por cima da imagem do primeiro reitor da Unicamp Zeferino Vaz, onde foram coladas diversas imagens de figuras históricas da luta do povo negro. Essa ação carregou consigo um peso simbólico importante por se tratar de um reitor ligado diretamente à ditadura militar, período histórico no qual o povo negro foi ainda mais violentamente massacrado no país.

O ato de hoje, que saiu vitorioso com o adiamento das oitivas, expressa com quais métodos os estudantes devem seguir se enfrentando com essa reitoria que deixou cair a sua máscara do diálogo, com essa reitoria truculenta por sindicar aluno e cortar salário de centenas de famílias. Esse nível de violência por parte da reitoria de Unicamp não está isolado do que vem se expressando a nível nacional com o poder golpista, como foi a repressão aos secundaristas, às ocupações na Funarte, à parada LGBT de Campinas, e como está sendo hoje às manifestações nessas olimpíadas pelo Fora Temer e de repúdio aos jogos. A mobilização segue! Quem luta por educação não merece punição! Não ao corte de ponto dos trabalhadores em greve!

 
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