Logo que foi anunciada a reforma trabalhista, grande parte da população brasileira percebeu quem realmente pagaria o pato.
segunda-feira 17 de julho de 2017 | Edição do dia
Logo que foi anunciada a reforma trabalhista, grande parte da população brasileira percebeu quem realmente pagaria o pato. Abaixo vamos mostrar 6 pontos da Reforma Trabalhista e seu impacto no cotidiano do trabalhador. Para maior aprofundamento recomendamos a leitura: Os 201 ataques da reforma aos trabalhadores
Férias parceladas
As férias podem ser divididas em 3 vezes, ou seja aquele período de um mês ao lado da família e dos amigos está com os dias contados. As férias poderão ser dividas a critério da empresa, somente tendo que respeitar a primeira prestação das férias em no mínimo de 14 dias.
Intervalos para refeições
Os intervalos para refeição podem diminuir para até 30 minutos para jornadas maiores de 6 horas.
Tempo de trabalho
A troca de uniforme e cursos oferecidos por algumas empresas que tinham resguardo na CLT e eram considera horas trabalhadas, e não mais recebem por isso.
Demissão em massa
Existia jurisprudência de que os sindicatos autorizassem em caso de demissão em massa, mesmo tendo a clareza que a maioria dos sindicatos (pelegos) não mudaria muito a condição apresentada pelo patrão, existia uma negociação, agora fica tudo a critério dos ilustres burgueses.
Banco de horas (horas extras)
Antes, a empresa teria que ter um acordo coletivo com os trabalhadores e as horas extras precisavam ser liquidadas em até um ano, passado esse período a empresa era obrigada a pagar em dinheiro com um acréscimo de 50%. Agora a empresa tem um prazo de 6 meses para quitar essas horas, mas serão pagas, a critério de uma negociação individual, onde o trabalhador sofrerá as mais diversas pressões psicológicas para aceitar o desejo dos patrões. Outro ponto é o tempo de início das horas extras, antes o trabalhador tinha 15 minutos de descanso antes de iniciar a hora extra, agora esses minutos foram abolidos pela reforma que faz com que o trabalhador continue por horas a fio direto de sua jornada de trabalho.
Demissão em comum acordo
Muitos dos meios de comunicação burgueses, citam essa reforma como boa, "modernizadora", pois facilita a demissão por justa causa, deixando de lado a pressão que as empresas podem fazer com os trabalhadores, para que aceitam a demissão, pois será o único jeito de recebem os poucos direitos que restam.
Como expressamos em outros artigos, precisamos lutar para anular a nefasta reforma trabalhista: "É possível organizar e vencer essa batalha. Se as centrais sindicais não querem coordenar nossa luta, imponhamos nossa vontade pela base! Obriguemos essa burocracia privilegiada da CUT, da CTB e demais centrais a colocar seu aparato material a serviço de derrotar a reforma e não negociá-la! Está claro que não podemos esperar desses traidores que iniciem algo, precisamos ter como perspectiva a autoorganização das bases para impor nossa vontade e usar os sindicatos como ferramenta dessa luta."
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