Após entrevista para a Record, Wilson Andrade, Presidente do Sindifibras, que reúne as indústrias de sisal da Bahia, esqueceu a câmera ligada e adimitiu o uso de trabalho escravo na produção do sisal baiano, fato que já vinha sendo denunciado.
sábado 8 de agosto de 2020 | Edição do dia
Fundada no trabalho escravo, a burguesia brasileira não esquece suas origens. Após inúmeras denúncias de trabalho, o presidente da associação patronal Sindifibras, Wilson Andrade, foi a Record dar entrevista sobre as condições de trabalho nas plantações da matéria prima usada nas indústrias.
Após mentira na cara dura durante a entrevista, o burguês safado virou para o lado e confessou que havia trabalho "irregular" nas plantações. No entanto, tinha esquecido de desligar a câmera e acabou saindo tudo ao vivo:
Vejam a hipocrisia! Exploração de trabalhadores em condições análogas à escravidão é admitida por representante da Indústria na Bahia. Ele esquece de desligar a gravação e assume, por trás das câmeras, o trabalho desumano a que centenas são submetidos nas lavouras do Nordeste! pic.twitter.com/O0gjEgzv2t
— Fernanda Melchionna (@fernandapsol) August 7, 2020
O esquema é completamente irregular. É completamente irregular. Não tem registro, o cara trabalha como autônomo. Chega na sua fazenda, tira o sisal. Metade é seu, metade é meu. Tá errado. Ela tem razão. Agora você tem que defender naquilo que pode, tá certo?
A situação do trabalho nas plantações de sisal são as piores possíveis. Além do trabalho análogo a escravidão, encontramos crianças trabalhando e alto risco de acidentes. A situação ocorre com a cumplicidade da justiça e também do governador do estado, Rui Costa (PT). O DNA escravista da burguesia mostra que nenhum tipo de conciliação é possível, e que precisamos destruir esse sistema que se apoia na miséria e nas formas mais arcaicas de exploração para garantir o lucro da burguesia.
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