Crise para quem? Bilhões para negociar posições políticas com parlamentares, ajustes, perca de direitos e condições de vida para os trabalhadores pagarem a crise. Nossas vidas valem mais que o lucro deles!
segunda-feira 17 de julho de 2017 | Edição do dia
Na última quinta-feira, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara que discutiu a denúncia de corrupção passiva contra o presidente Temer votou contrário em acatar a denúncia. Nas duas semanas anteriores, Temer havia distribuído um total de R$ 15 bilhões para estados e municípios no intuito de ganhar o voto de parlamentares da base aliada.
A maior parcela desse “pacotão de bondades”, que significou uma compra bilionária de Temer da sua vitória na última quinta, ocorreram nos dias anteriores à votação. Em meio à crise econômica no país, que segue sem sinais de melhora mesmo após diversos ataques aos direitos dos trabalhadores, enxugamento máximo de gastos com saúde, educação, o presidente se viu disposto a realizar uma compra bilionária do apoio de sua base. Criou novos programas, além de aprovar diversas emendas parlamentares de deputados.
Aprovado o relatório contrário à denúncia do presidente, a Câmara de Deputados só voltará a pautar o tema após o recesso parlamentar, no dia 2 de agosto.
Saiba mais: Quem são e do que são acusados os deputados que absolveram Temer
Como discurso para superar a crise, Temer e os parlamentares aprovar reformas que atacam profundamente direitos dos trabalhadores, como é o caso da Reforma Trabalhista aprovada na última terça-feira, mas também a PEC que limita os gastos públicos, como os de saúde e educação. Não há, do outro lado, qualquer displicência quanto aos gastos públicos que negociam as posições de poder político de um regime político corrupto e vendido aos empresários. Este diário impulsiona a campanha “Nossas vidas valem mais que o lucros deles” também em resposta a esse tipo de realidade.