No programa desta semana do Esquerda em Debate, Diana Assunção conversa com Raquel Tremembé, do povo Tremembé do Maranhão e membro da Executiva Nacional da CSP-Conlutas.
O debate se iniciou com Raquel contando um pouco sobre sua trajetória de luta e ativismo, bem como a de sua etnia e dos povos indígenas em geral, em um processo de etnocídio por parte do Estado capitalista brasileiro, caindo em mais da metade o número de etnias catalogados no território brasileiro nesses mais de 500 anos de luta e resistência. Dando sequência, se debateu sobre os impactos do PL 490 (PL do Marco Temporal) enquanto um dos maiores ataques aos povos indígenas dos últimos tempos, e também denunciando a brutal repressão que sofreram os indígenas Guaranis por parte do governo Tarcísio e sua polícia em SP, em um ato contra a aprovação desse PL, que significará a morte e destruição generalizadas dos povos indígenas de todo Brasil.
Foi remarcado como a conciliação de classes por parte do PT e do governo Lula-Alckmin fortalece os setores reacionários dos garimpeiros, latifundiários e ruralistas que estão por trás desse ataque, sobre o apoio do governo ao golpe no Peru e a repressão ao levante indígena no país, e com um panorama de alguns dos principais focos de ataque aos indígenas no Brasil. Foi abordada também a relação entre a luta dos povos originários com a luta anticapitalista, e de como devemos apostar na força da mobilização e todos os setores para se enfrentar com este brutal ataque e como é fundamental que os sindicatos e as grandes centrais sindicais convoquem uma grande paralisação nacional unificando a luta contra o Marco Temporal com a luta contra o Arcabouço Fiscal e pela revogação de todas as reformas.
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