Hoje se iniciou uma "assembleia" de acionistas da Eletrobras para decidir sua privatização, já encaminhada por Bolsonaro e o Tribunal de Contas da União (TCU). É urgente batalhar pela estatização sob controle dos trabalhadores, para barrar a entrega da Eletrobras nas mãos dos empresários e capitalistas estrangeiros.
terça-feira 22 de fevereiro de 2022 | Edição do dia
Foto: Reprodução
Hoje, terça (22), teve início a chamada "assembleia dos acionistas" da Eletrobras, ainda sem término, para decidir a privatização da estatal. São 12 itens a serem aprovados para promover a estatização. Na semana passada, o TCU aprovou por 6 votos a 1, a primeira fase do processo de privatização da Eletrobras, que Bolsonaro e o Congresso pretendem entregar a preço de banana aos capitalistas até maio deste ano. Com a alta nas contas de luz, o avanço da miséria, vai estar garantindo o lucro dos acionistas.
Bolsonaro, Mourão, Congresso Nacional e o Judiciário, aprofundando as medidas dos golpistas de 2016, colocam o Brasil à venda com suas privatizações. A privatização da Eletrobras é uma marca profunda contra a classe trabalhadora e o povo pobre. É um projeto implementado por Bolsonaro e a direita golpista para cumprir o que não puderam cumprir na década de 90, com um grande ascenso de lutas da classe contra a ditadura ainda quente no país.
Seja por privatização direta como se desenha acontecer com a Eletrobras, seja por parcerias público-privadas (PPP), que foi aprovada no primeiro governo Lula, em 2004, com leilões de fatias de estatais, não podemos deixar que se aprofundem, assim como os ataques. É essencial e urgente o combate às reformas e privatizações, projeto dos herdeiros do golpe institucional para salvar os bolsos dos capitalistas na crise econômica mundial que eles mesmos criaram.
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É necessário que a classe trabalhadora, em unidade com o povo pobre e os setores oprimidos, batalhe pela revogação integral da reforma trabalhista, que teve uma dura e revoltante marca absurda com o assassinato de Moïse a pauladas, porque foi exigir seu pagamento ao patrão em um quiosque na Tijuca, na cidade do Rio de Janeiro. Junto a essa batalha, se coloca na ordem do dia a luta por uma Eletrobras 100% estatal e controlada pelos trabalhadores, a efetivação dos terceirizados sem necessidade de concurso, porque não é possível que se alastre em todo o país o apagão que ocorreu no Amapá em 2020, também fruto da privatização.
Para isso, é necessário a unidade da classe trabalhadora, entre efetivos e terceirizados, lado a lado dos petroleiros, tendo na sua linha de frente os setores oprimidos que mais sofrem com o descarrego da crise econômica. A CUT, a CTB e a União Nacional dos Estudantes, centrais sindicais e entidade estudantil dirigidas pelo PT e pelo PCdoB, colocam sua força para eleger Lula, que já disse estar aberto a discutir com os golpistas de 2016 e que já implementou formas de privatização em seus anos de governo. Assim, é necessário que batalhemos para romper com essas direções burocráticas que atuam em prol da "governabilidade", nos organizando em cada local de trabalho e estudo, que era o que essas direções deveriam estar promovendo com assembleias.
Por uma Eletrobras 100% estatal e controlada pelos trabalhadores! Pela revogação integral da Reforma Trabalhista!
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