×

Violência policial | Morro do Fubá no RJ amanhece com rio de sangue após operação policial

Vídeo que viralizou mostra um córrego de sangue descendo pelas ruas do Morro do Fubá, zona norte do Rio de Janeiro, após operação da Polícia Militar que deixou dois mortos e um ferido. As polícias brasileiras são umas das que mais matam no mundo, e cenas como essas são o tipo de barbaridade que os trabalhadores negros das favelas precisam encarar todos os dias.

sexta-feira 5 de abril | Edição do dia

Imagem: Realidade da Favela

Durante confronto na zona norte, duas pessoas foram mortas pelo 9º BPM (Rocha Miranda), divisão da Polícia Militar de Cláudio Castro, no Rio, e uma ficou ferida e foi socorrida no Hospital Estadual Carlos Chagas. Segundo a Polícia Militar, o policiamento na região vai ser reforçado. Um vídeo que viralizou, mostrando um rio de sangue descendo pelas ruas do Morro do Fubá, é o tipo de barbaridade que os moradores das periferias brasileiras precisam encarar quase diariamente.

A última operação tinha como objetivo confrontar o tráfico da região, e apreendeu um total de dois fuzis, uma pistola e dois rádios transmissores em troca de duas vidas. A “guerra às drogas” é desculpa do Estado para colocar sua polícia violenta nas ruas e reprimir e assassinar a juventude negra, crianças, mães e trabalhadores das favelas. No fim de fevereiro, uma megaoperação das polícias Militar e Civil que invadiu mais de 10 favelas no Rio deixou 7 mortos, em mais uma ofensiva do governo do Estado e da cidade do Rio de Janeiro contra a população negra e periférica.

A Polícia Militar é resquício da Ditadura Militar no Brasil, que hoje tem aval pela Constituição para usar métodos de guerra em território nacional e assassinar trabalhadores com impunidade, comandados pelo bolsonarista Cláudio Castro (PL) no Rio, por Tarcísio (Republicanos) em São Paulo e por Jerônimo Rodrigues (PT) na Bahia, estados cuja polícia são as mais assassinas do país. Enquanto isso, o presidente Lula, em nome da frente ampla e da aliança com a direita e extrema direita, segue fortalecendo esses mesmos setores afirmando que não devemos remoer o passado, promovendo uma segunda anistia aos criminosos militares que assassinaram e torturaram milhares de pessoas durante a ditadura e que foram poupados pela Constituição de 1988.

Leia também: Confira 9 vezes que Lula pactuou com os militares nos últimos meses

É preciso lutar contra a violência policial e as operações que deixam milhares de mortos e feridos todos os anos, entre eles jovens e crianças negras. Também é preciso lutar pelo fim de todas as polícias que, militarizadas ou não, são instituições do Estado para reprimir a classe trabalhadora e deixam vítimas nas favelas e periferias do país: a justiça pelas mortes das diversas vidas perdidas só serão arrancadas através da força e mobilização dos trabalhadores.




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias