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Geopolítica | Quem fica rico com a guerra? Indústria armamentícia aumenta seus lucros em 35%

O valor das ações das principais empresas de armamento aumentou 35% com a guerra na Ucrânia, o genocídio na Palestina e o rearmamento militarista levado adiante pelas potências imperialistas.

quarta-feira 27 de março | Edição do dia

Com o início da guerra na Ucrânia, os países da OTAN (principalmente a União Europeia e os Estados Unidos) começaram a enviar armas ao exército ucraniano para garantir uma escalada armamentista que permitisse com que o conflito com a Rússia seguisse sem ser preciso realocar nenhum soldado, algo que é conhecido como guerra por procuração. Durante este período, os grandes fabricantes de armas aumentaram os seus lucros. Nos últimos dois anos, segundo uma consultoria que analisou as 14 principais empresas da indústria armamentista, O valor das suas ações aumentou 35%.

A indústria armamentista está aproveitando tanto do genocídio na Palestina como da guerra na Ucrânia para fazer negócios, expandindo grandes acordos a nível internacional e, ao mesmo tempo, a nível nacional, aproveitando o apoio dos governos. Pedro Sánchez, Macron, Biden e outros líderes imperialistas não perdem a oportunidade de nos recordar da firme convicção de apoiar militarmente a Ucrânia de Zelensky, enquanto a venda de armas ao Estado genocida de Israel não para.

Em 2022, a indústria bélica faturou 12 bilhões de euros e as perspectivas são de crescimento graças à intensificação das tendências a conflitos na Europa. Com o aumento da tensão internacional, os governos europeus começam a encorajar a militarização das sociedades, ao mesmo tempo que alimentam os negócios do mercado de armamentos.

Honeywell International, RTX Corporation, Safran SA, BAE Systems, Thales, Rheinmetall, Dassault Aviation, Leonardo, Kongsberg, Lockheed Martin, Northrop Grumman Corporation, General Dynamics, L3Harris Technologies e Huntington Ingalls Industries são as 14 maiores empresas que se beneficiam com os conflitos bélicos ao redor o mundo, armando os diferentes lados e sendo beneficiados pelos conflitos existentes.

Com este crescimento no negócio de armas, o papel que cumprem os governos ditos “progressistas” é crucial.

Empresas como a espanhola Indra têm acordos e contratos milionários autorizados pelo Ministério da Defesa e pelas Forças Armadas com empresas militares do exército israelense, como a Elbit Systems, uma das principais empresas de armas das Forças Armadas israelenses e que também mantém relações comerciais e de pesquisa com as forças armadas e universidades brasileiras. Durante anos, a tecnologia espanhola contribuiu para sustentar os sistemas de defesa de Israel, as telecomunicações, o desenvolvimento de satélites, drones... e uma longa lista de equipamentos e instrumentos utilizados pelo imperialismo israelense para colonizar o território palestino.

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Além disso, os principais meios de comunicação e mídias ligadas aos exércitos estão tentando preparar a população europeia, com suas contínuas notícias e declarações públicas, para uma iminente escalada na guerra.

Por todas essas razões, diante da escalada militarista e do rearmamento imperialista, é necessário um movimento internacional contra a guerra, para a retirada imediata das tropas russas da Ucrânia e contra o intervencionismo militar da OTAN na Europa do Leste e o rearmamento imperialista. Mas também pela quebra de todos os acordos políticos e militares com Israel e pelo fim do genocídio contra o povo palestino.

Ou seja, uma grande campanha internacional em defesa do povo palestino e do seu direito à autodeterminação, que inclua se opor às tendências cada vez mais militaristas das potências imperialistas.




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