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[MESA] Economia e Investimentos | VII Seminário Pesquisar a China Contemporânea (Unicamp)

Redação

[MESA] Economia e Investimentos | VII Seminário Pesquisar a China Contemporânea (Unicamp)

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Confira a participação de André Barbieri, coordenador do Semanário Ideias de Esquerda, doutor em Ciências Sociais pela UFRN e especialista em China no VI Encontro RBChina/VII Seminário Pesquisar China Contemporânea, em São Bernardo do Campo (UFABC), com a comunicação "Giovanni Arrighi e a tese do ’multilateralismo chinês’ em debate".

Diante das décadas em que certas correntes de pensamento buscaram substituir a luta de classes pela "luta de Estados" como o motor da história, uma inconveniente tendência a escolher o "capitalismo menos pior" em oposição ao imperialismo norte-americano invadiu o horizonte de debates. Desafortunadamente, a situação mundial é mais complexa do que o binarismo estatal, alimentado pelas teses de autores (qualificados) como Arrighi ou Wallerstein.

A disputa entre hegemonias na época imperialista nunca é pacífica ou harmônica: ela implica crises, guerras e revoluções. A ascensão chinesa, que desencadeia um momento novo diante da lenta decadência dos EUA, não alentará tendências anti-militaristas (como mostra a Guerra da Ucrânia). Essa complexa situação exige compreender que, se queremos enfrentar a agressão imperialista dos EUA, isso não pode ser feito no "campo" do capitalismo chinês, cujos métodos de projeção de força, nos terrenos geopolítico, econômico e militar (todos que afetam o meio ambiente) guardam similaridades flagrantes com a das potências ocidentais em sua ascensão - definição que deve incluir, e não minimizar, o caráter absolutamente sui generis do Estado capitalista chinês, que se conformou historicamente de modo muito distinto do mainstream Ocidental.

Essa é a discussão com os pensadores do "multilateralismo": não há integração mundial não-militarista dentro do sistema de Estados imperialista. A tarefa dos marxistas na nossa época é atualizar a importância do sujeito operário potencialmente hegemônico, junto aos seus aliados oprimidos nos movimentos, para construir uma posição independente dos dois campos em disputa, EUA e China.

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