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DESEMPREGO | 54 mil mães trabalhadoras perdem seus empregos por ano na Grã-Bretanha

As mulheres que voltam ao trabalho depois de ter tido um bebê estão mais propensas a sofrer discriminação e a perder seus empregos do que a 10 anos atrás, de acordo com um informe publicado pela Comissão de Igualdade e Direitos Humanos de Grã-Bretanha (CEDH)

quinta-feira 30 de julho de 2015 | 00:00

O estudo estima que cerca de 54 mil novas mães estão perdendo seus empregos em toda a Grã-Bretanha a cada ano, quase o dobro do valor alcançado por um estudo similar realizado em 2005.

O estudo também descobriu que 10% das mulheres são desaconselhadas por seus empregadores a ir às consultas pré-natais, colocando a saúde da mãe e do bebê em risco.

Caroline Waters, vice-presidente da CEDH, destacou: “os níveis preocupantes de discriminação e desvantagens que as mulheres ainda enfrentam em seus trabalhos”.

Uma pesquisa com mais de 3.200 mulheres realizada pelos mesmos autores do relatório, descobriu que uma a cada 9 mulheres havia sido demitida, ou maltratada ao ponto de ter que renunciar ao seu emprego.

Outros dados do relatório:

• 10% das mulheres disseram ter sido maltratadas por seus patrões após voltar da licença maternidade.
• Uma em cada cinco mães trabalhadoras (cerca de 100 mil por ano), sofreram assédio moral no trabalho ou comentários negativos por parte de colegas e/ou patrões enquanto estavam grávidas ou ao voltar da licença maternidade.
• 7% disseram ter sido pressionadas a pedir demissão.
• Uma a cada 20 sofreu uma redução em seu trabalho ao voltar da licença.

Rosalinda Bragg, Diretora da “Maternity Action”, declarou: “David Cameron prometeu fazer da Grã-Bretanha o país mais familiar da Europa, no entanto, esta pesquisa acaba de constatar a grave deterioração das condições trabalhistas das mães trabalhadoras”.

O governo vem também, desde 2010, cortando benefícios sociais, entre eles, os direcionados as mulheres grávidas e pais de crianças menores de 12 anos.

Bragg colocou também a exigência de fornecimento de suporte especializado e apoio às mulheres para enfrentar o tratamento injusto e ilegal por parte de seus empregadores e o fim dos honorários do tribunal do emprego, que “nega o acesso à justiça a grande maioria das mulheres”.

Os resultados da pesquisa foram “muito preocupantes”, disse Cathy Warwick, Diretoria Executiva do Colégio Real de Parteiras. “A evidência demonstra que faltar nas consultas pré-natais pode aumentar o risco de ter bebês menores, prematuros, abortos involuntários e/ou natimortos”, acrescentou.

Fonte: The Guardian / maternityaction.org.uk

Tradução: Ana Carolina Fulfaro




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