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Um passo importante para as mulheres africanas. Segundo a Unicef, atualmente 200 milhões de mulheres e meninas em todo o mundo sofreram a circuncisão.

quinta-feira 11 de agosto de 2016 | Edição do dia

A mutilação genital é um rito que se pratica com meninas entre 4 e 14 anos ainda em ao menos 26 dos 46 países da África e também em alguns países do Oriente Médio. O processo consiste em extirpar total ou parcialmente o clitóris.

Com pretextos religiosos e com o fim de reprimir a sexualidade feminina, de maneira que a mulher não sinta prazer na hora do sexo, as mulheres são convertidas em uma máquina de reprodução e complacência para seus maridos. Por isso é condenada a fortes dores pelos pontos em suas genitais na hora de urinar, menstruar ou fazer sexo.

Sem perder de vista que essas mutilações são realizadas em sua maioria em condições nefastas de higiene e salubridade, causando a morte de centenas de meninas por hemorragias ou infecções, e sem esquecer que também é um dos transmissores de HIV pelos instrumentos utilizados.

Em 2012, a ONU considerou a mutilação uma violação dos Direitos Humanos e das crianças e, em fevereiro deste ano, anunciaram que se estima que para 2030 se alcançará o fim total da mutilação.

A união africana, que é conformada por 54 estados africanos (na qual o único que não toma parte é o Marrocos), aprovou a proibição das práticas da mutilação genital feminina mediante um plano de ação firmado nesta semana por seus 250 deputados e representantes do Fundo para a População das Nações Unidas (UNFPA).

Esperamos que esse seja o começo do fim dessas práticas machistas e desumanas. A mulheres do Pão e Rosas apoiamos o fim da mutilação e defendemos que as mulheres de todo o mundo possamos desfrutar do sexo e ter direito ao nosso corpo.

Tradução: Vitória Camargo




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