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Eleições 2022 | Bolsonaro e Padre Kelmon fazem dobradinha reacionária e promovem show de atrocidades

Padre Kelmon protagoniza verdadeiro circo de horrores reacionários em dobradinha com Bolsonaro contra o estado laico e para atacar a esquerda, os setores oprimidos e os movimentos artísticos culturais.

sexta-feira 30 de setembro de 2022 | Edição do dia

O debate de eleição presidencial da Globo nesta quinta-feira, 29/09, foi marcado pela direita, com disputa entre os candidatos para saber quem era o mais ultra neoliberal e privatista. Enquanto os candidatos da esquerda, como Vera Lúcia (PSTU), Leonardo Péricles (UP) e Sofia Manzano (PCB), foram excluídos e não puderam participar.

Mas dentre tantos tons de direita que se expresseram, de Ciro Gomes (PDT) à Soraya Thronicke (União Brasil), passando por Simone Tebet (MDB) e Luiz Felipe D’Ávila (Partido NOVO), a dobradinha de Jair Bolsonaro (PL) e Padre Kelmon (PTB) se destacaou enquanto porta vozes da extrema direita, promovendo um verdadeiro circo de horrores.

Padre Kelmon, que segundo as informações públicas disponíveis, até mesmo seu posto de padre é questionado, utilizando deste mascaramento religioso, auxiliou a promoção de Jair Bolsonaro durante todo o debate, sendo a cara explícitamente fascistizante do projeto de extrema direita bolsonarista. Além das perguntas retóricas contra a esquerda entre esses candidatos nas rodadas de debate, imagens dos bastidores mostram Kelmon e Bolsonaro trocando roteiros impressos e comentários durante o intervalo entre os blocos.

Apesar do conteúdo abertamente de direita e defesa dos empresários que perdurou durante todo o debate, pradre Kelmon fez questão de enfatizar que todos os candidatos que ali estavam não são suficientemente de direita, dizendo que para ele eram todos de esquerda. Inclusive chegou usar expressões como “aqui o debate é 5 de esquerda contra 2 de direita”, se colando como aliado de Bolsonaro.

Porém apesar desta distorção falaciosa, a esquerda militante e organizada, o movimento estudantil, cultural e artístico, foram os principais alvos de Kelmon, trazendo o debate para o terreno de conforto para Bolsonaro. Além das inúmeras provocações de cunho moralista, machista, conservador e preconceituoso.

Em postura explicitamente machista, mais de uma vez Kelmon e Bolsonaro ressaltaram o fato de serem homens, contra candidatas mulheres, como um valor de representatividade perante o agronegócio e a governabilidade. Kelmon ainda levou ao extremo sua religiosidade reacionária reivindicando a “catequização indígena” durante a colonização e subjugação portuguesa no Brasil, marcada pela violência, extermínio e escravização dos povos originários por toda a américa.

Kelmon, junto de Bolsonaro, também atacaram os artistas, manifestações teatrais e culturais, especialmente nordestinas e as vanguardas artísticas que desconstroem valores moralistas e conservadores. Também não faltaram mentiras e ataques contra a educação e a universidade pública, no mesmo e velho tom bolsonarista, dizendo que a educação pública superior é doutrinadora de militantes de esquerda.

Por fim, não poderia faltar, Bolsonaro e Kelmon deram as mãos com declarações anti direito ao aborto das mulheres, na defesa da família, da pátria, dos valores conservadores cristãos, em clara alusão de um estado não laico, sem separação com a igreja e valores religiosos, especialmente do cristianismo.




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