quinta-feira 18 de outubro de 2018 | Edição do dia
Em sua conta do Twitter, Carlos Bolsonaro referiu-se ao jornal Folha de São Paulo como "foice de SP", e declarou que a matéria da Folha que denúncia o uso ilegal de serviço de "disparos" no Whatsap teria sido feita pelos jornalistas por "medo de perder a boquinha".
A foice de SP junto com a petralhada não se cansa de contar meias verdades ou mentiras descontextualizadas. O desespero de ambos é justificável! Vão perder a boquinha que o partido mais corrupto do Brasil bancou ao longo de seu tempo no poder!
— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) 18 de outubro de 2018
Como se pode ver, Carlos Bolsonaro não teve coragem de dizer que a matéria seria mentira. Ao contrário, disse que seria "meia-verdade", ou "mentira descontextualizada". Segundo a Folha, os contratos individuais com as empresas Quickmobili, Yacows, Croc Services e SMS Market chegariam até R$ 12 milhões. A denúncia seria então de crime eleitoral por caixa 2, além da compra de público que receberia as mensagens sem ter sido consultada, ou seja, de maneira involuntária.
Carlos Bolsonaro, que quer defender a enxurrada de fake news propagada pela campanha do seu pai, é também um grande defensor da ditadura, tendo recentemente virado celebridade da direita reacionária ao publicar imagem aludindo a tortura de membro do movimento #EleNão, e ele mesmo é amplo defensor dos ataques aos trabalhadores tendo dito recentemente que quer "dizimar" trabalhadores da CUT.
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