O primeiro ato de governo de Raquel Lyra (PSDB) foi aumentar seu salário de R$ 9,6 mil para R$ 22 mil, de sua vice, Priscila Krause (Cidadania) de R$ 8,9 mil para R$ 18 mil, dos secretários de governo de R$ 12 mil para R$ 18 mil e dos deputados da Alepe de R$ 25 mil para R$ 29 mil.
quinta-feira 5 de janeiro de 2023 | 17:35
Foto: Pedro Alves/g1
Em um estados que bate recordes em desigualdade, miséria e desemprego, Raquel Lyra que se elegeu dizendo que iria “cuidar” do povo pernambuco, na realidade a primeira coisa que fez foi cuidar de seu próprio bolso e de sua base aliada.
Além disso, o aumento do salário sobretudo dos deputados estaduais também serve para agradar seus opositores na Câmara Legislativa de Pernambuco. Não custa nada lembrar que apesar da derrota o PSB segue sendo a maior bancada da Alepe e junto da Frente Popular são a maioria. Isso dificultaria Raquel Lyra passar qualquer projeto que dependesse da Alepe.
Mas a gente não pode esperar muita coisa de uma governadora que se elegeu se apoiando na base bolsonarista do estado, fez uma campanha contra o direito das mulheres ao aborto e já anunciou uma reforma administrativa no estado.
O que também chama atenção é que o aumento salarial passou com unanimidade na Alepe, ou seja, os deputados do PT e PSOL votaram a favor desse aumento salarial desnecessário e absurdo. Ao invés de serem contrários a essa proposta de aumento de um salário que já era 50 vezes maior que o salário de mais da metade dos pernambucanos, votaram a favor dessa proposta que prevê para os deputados um aumento escalonado que pode chegar a R$ 34 mil em 2025.
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