A força do movimento obrigou Alckmin a recuar: "Já temos até reintegração (concedida) e não estamos usando ação policial. Eu mandei tirar toda polícia lá da frente da escola", disse nesta quarta, 18, mas a PM reprimiu violentamente a ocupação em Marília-SP hoje
quinta-feira 19 de novembro de 2015 | 10:40
Nessa quarta-feira, 18 de novembro, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) teve que mudar sua estratégia em relação as ocupações de escolas no estado de São Paulo. Se antes a política do governador era apostar no medo da repressão pra fazer os estudantes recuarem. Agora a força das ocupações, que contam com amplo apoio da população, obrigou o governador a recuar em relação a essa política repressiva.
Em declaração a impressa Alckmin disse que "Já temos até reintegração (concedida) e não estamos usando ação policial. Eu mandei tirar toda polícia lá da frente da escola". Esse recuo do governador vem em um momento que o número de escolas ocupadas só aumenta, assim como o apoio e a força do movimento.
Entretanto ao mesmo tempo que Alckmin dá essa declaração, sua polícia reprime brutalmente estudantes, professores e apoiadores de uma escola ocupada em Marília, interior de São Paulo. Uma demonstração clara de como o governador está tentando preservar sua imagem diante do absurdo que seria reprimir estudantes lutando pelo direito a educação, mas que não deixará de reprimir aqueles que lutam, principalmente se forem de escolas que não estão no foco da mídia, como as ocupações no interior do Estado e nas regiões periféricas da capital.
Diante disso é fundamental que os estudantes secundaristas permaneçam ocupando suas escolas e fortalecendo novas ocupações por meio de comandos entre os alunos mobilizados. O apoio de pais, professores, estudantes universitários e de toda população é fundamental para que essa luta continue forte e consiga barrar o fechamento de todas as escolas e a reorganização escolar do governador.
