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SEM MEDO DE SE ALIAR COM PARTIDOS BURGUESES | Frente Povo Sem Medo se alia com parlamentares do PT, PCdoB, a REDE e PDT

domingo 15 de novembro de 2015 | 17:10

Na quarta-feira a Frente Povo Sem Medo, até então integrada pela CUT, UNE, MTST, PSOL e entidades sociais ligadas a essas organizações, deu um passo a mais no sentido de se colocar como uma frente para desviar a luta dos trabalhadores. Agora, vai além do objetivo de servir de anteparo do governo Dilma e do PT, se alia diretamente a parlamentares da Rede de Marina Silva (apoiadora de Aécio Neves no segundo turno das eleições de 2014) e do PDT do velho Brizola e do atual Ciro Gomes!

O senador Randolfe Rodrigues (ex-PSOL e atual Rede-AP) presidiu a reunião de lançamento da frente no Congresso Nacional e declarou “Nós precisamos de ampla mobilização e vamos começar aqui, pelo Congresso Nacional. Já podemos comemorar porque começamos com um numero significativo de dezessete parlamentares e juntos vamos unir forças e aumentar o grupo”.

Sem medo, Guilherme Boulos, dirigente do MTST disse que um dos objetivos da Frente é “fazer oposição ao ajuste fiscal”. Porém omite que a CUT, que compõe a frente vem sendo a principal impulsionadora do mal-chamado “Programa de Proteção ao Emprego-PPE”, que nada mais é do que parte do ajuste que busca reduzir o salário do trabalhador em troca da diminuição da jornada de trabalho. Continuou dizendo que “já temos uma agenda com várias ações para serem desenvolvidas em 2016”, ano eleitoral, e no qual a Frente pode cumprir um papel excelente de contenção a debandada de votos que terão aqueles candidatos que saírem com alguma ligação acrítica ao PT. Enquanto as ruas do Brasil se enchem de mulheres lutando pelo direito ao seu próprio corpo, as escolas de São Paulo começam a ser ocupadas pelos estudantes secundaristas e os petroleiros enfrentam a maior greve desde a luta contra a privatização de 1995, Boulos finge estar “enfrentando os ajustes”, pirmeiro com a CUT e agora com os parlamentares de partidos burgueses, algo que toda a esquerda que se coloca no campo socialista deveria rechaçar. Se trata de um salto à direita da tal Frente Povo Sem Medo.

Ainda é tempo do PSOL rever o papel que está cumprindo de cobertura de esquerda para o PT e a burocracia sindical, numa frente que, não à toa, não moveu um dedo para que as greves contra o ajuste em curso triunfem, como dos petroleiros. Agora, a Frente se liga diretamente a partidos burgueses. Para evitar que se consolide essa política do PSOL, é necessário uma verdadeira rebelião da militância rumo ao Congresso do partido que será dias 05 e 06 de dezembro para se contrapor a essa linha decidida por parte da ampla maioria da direção do partido. A batalha contra a entrada de candidatos arrivistas advindos de partidos burgueses como o PDT e o PSB e contra a participação do PSOL na Frente Povo Sem Medo deveria ser parte das discussões do Congresso, girando as forças do partido para cercar de solidariedade, nas ruas e nos locais de trabalho e estudo, as lutas de resistência que os trabalhadores e a juventude estão dando contra os ajustes, projetando uma força política independente tanto do governo petista como da oposição de direita, abrindo assim espaço para correntes revolucionárias como o MRT.




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