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ANIVERSÁRIO LULA | Guilherme Boulos do MTST homenageia Lula com uma mostra de governismo ’sem medo’

Em vídeo publicado na página de Lula no Facebook o coordenador do MTST, Guilherme Boulos mostrou o nível de adesão ao governismo que está imprimindo a seu movimento.

quarta-feira 28 de outubro de 2015 | 11:54

Em vídeo publicado na página de Lula no Facebook o coordenador do MTST, Guilherme Boulos mostrou seu nível de adesão ao governismo Depois de liderar a formação da Frente do Povo Sem Medo, que além do MTST a CUT, CTB, UNE e praticamente todas correntes do PSOL, o líder dos sem-teto foi um dos principais debatedores em mesa do Congresso da CUT, sem nenhuma crítica ao Programa de Proteção ao Emprego (que protege os empresários) votado neste mesmo Congresso, sinalizando os esforços desta central para apoiar o governo e fazer os trabalhadores pagarem esta conta amarga dos ajustes. Agora, uma semana depois enviou vídeo carinhoso em homenagem a Lula.

No vídeo Lula é exaltado pelas greves do ABC e por ser o primeiro operário a virar presidente. Sem mencionar uma crítica sequer a qualquer aspecto do governo Lula ou do atual governo Dilma, Boulos afirma que o desafio da nova geração seria lutar por “reformas estruturais”. Este discurso, aparentemente radical, é uma falácia. Sem organizar uma luta séria contra os ajustes (uma luta defensiva) como é possível acreditar que haverá condições de lutar por reformas estruturais (ofensivas)? Uma luta séria contra os ajustes exige transformar as greves que acontecem em grandes lutas de toda a classe trabalhadora, que deem exemplo, e não atos isoladas a cada dois ou mais meses.

Para terminar o discurso Boulos remarca a importância de lutar contra o retrocesso e o que ele chama de fascismo. Mas o retrocesso fica exteriorizado a Lula e o PT. Como se não fosse retrocesso o PL5069 que um presidente estadual do PT assina junto a Cunha, como se não fosse retrocesso o projeto de estabelecer uma idade mínima para aposentadoria. Ou seja Boulos se presta ao papel de exteriorizar o inimigo de direita do PT, de Lula e de Dilma e fazer um discurso mais “vermelho” que o do PT (“reformas estruturais”) para na verdade marchar junto, pintar à esquerda o governismo, fonte também dos retrocessos.

Com este beija-mão de hoje Boulos mostra que o contrário do que muitos diziam, a Frente do Povo sem Medo, não se trata de uma frente para disputar os movimentos da base do governismo (CUT, UNE, MTST) para uma posição independente, mas muito pelo contrário. De Boulos já não se pode esperar uma posição independente, apesar de insistir que o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto é independente do governo Dilma. Neste momento, está “sem medo” com Lula e Dilma e mesmo dizendo o contrário está na prática apoiando um governo dos ajustes.




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