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Saúde Mental | Lula financia comunidades terapêuticas como forma de combate às drogas, assim como Bolsonaro

O governo Lula-Alckmin, para se aproximar de setores conservadores evangélicos, financia comunidades terapêuticas, que por muitas vezes são responsáveis por torturas de pacientes, assim como exploração de trabalho. Como uma forma de fortalecer a guerra às drogas, assim como fazia o governo Bolsonaro, essa política favorece setores de extrema-direita.

quarta-feira 29 de novembro de 2023 | Edição do dia

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Lula se aproxima das posições de Bolsonaro ao financiar e dar espaço para comunidades terapêuticas em seu governo. Essas instituições, que afirmam serem “clínicas” para tratamento de dependentes químicos, mas que na verdade não tem serviços de saúde, em muitos casos acabam por promover diversos tipos de abusos, como torturas psicológicas, abusos físicos, além de explorar o trabalho dessas pessoas com uma proposta de realização de “trabalho social”. Além disso, em sua grande maioria, as comunidades terapêuticas tem um forte caráter evangélico, colocando à frente valores cristãos em seus princípios.

Essas instituições receberam pelo menos 104 milhões de reais somente no primeiro ano de governo Bolsonaro, e 105 milhões no ano seguinte. Essa foi uma forma de se reforçar laços com seu eleitorado evangélico, que agora Lula também busca aproximação. Em Janeiro o presidente já havia declarado que iria criar o Departamento de Apoio a Comunidades Terapêuticas, e em junho já havia destinado mais de 50 milhões às mesmas.

Além disso, essas comunidades fazem parte do plano de guerra às drogas, ao “reintegrar” dependentes químicos à sociedade pela via de os colocar em trabalhos super explorados. A guerra às drogas esconde também a violência policial que assassina a juventude negra nas favelas e nas periferias. Vimos nesse ano as várias chacinas promovidas pela polícia em São Paulo, governado pelo privatista Tarcísio, mas também no Rio de Janeiro de Cláudio Castro e principalmente na Bahia, de Jerônimo do PT. O governo Lula-Alckmin, através de Flávio Dino, financia também a polícia assassina de Cláudio Castro através de parcerias entre o governo federal e o governador de extrema-direita do Rio de Janeiro. Além disso, junto ao governo de Eduardo Leite no Rio Grande do Sul, o governo Lula avança nas privatizações dos presídios, como uma forma de aumentar ainda mais o encarceramento da juventude negra e os lucros dos empresários, mostrando como a conciliação de classes abre espaço para a extrema-direita.




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