O ministro enviado de Temer para comprar o voto dos deputados, disse que é apaixonado por ele como político. "Votaria em mim", disse ele.
terça-feira 6 de fevereiro de 2018 | Edição do dia
O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse que é "tudo ou tudo" pela aprovação da reforma da Previdência em fevereiro. Em rápida entrevista após participar de um café da manhã na Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig), Marun afirmou que a sua meta do dia nesta terça-feira, 6, é conquistar oito votos a favor da Proposta de Emenda à Constitucional (PEC), o que ele não acha pouco.
Marun é mais um dos correligionários de Temer, que busca atacar a classe trabalhadora e o conjunto da população com a reforma da previdência. Na forte campanha do governo golpista, que já foi no programa do Silvio Santos e Ratinho, para fazer a propaganda da reforma da previdência.
No desespero de aprovar a reforma da previdência, o ministro voltou a dizer que faltam cerca de 40 a 50 votos e que só há plano "A" quando o assunto é reforma da Previdência.
Durante a palestra, no entanto, ele destacou que, se a PEC não for aprovada, o governo passará para uma "política de administração de danos". Questionado depois quais seriam as prioridades sem a aprovação da reforma, ele respondeu: "Só vamos discutir em março."
Num cinismo incrível, o ministro, que é deputado federal licenciado pelo MDB, disse que a proposta de reforma terá o seu voto: "Faço questão de ir lá votar."
Com o ego elevado para atacar os trabalhadores e numa atitude que chega a dar vergonha alheia, o ministro disse que é apaixonado por ele como político. "Votaria em mim", disse ele. Marun, ponderou, no entanto que não será candidato nas próximas eleições. Segundo ele, esse é um compromisso que assumiu com o presidente Michel Temer.