×

SINTUSP | Nestas eleições do Conselho Diretor de Base (CDB) do SINTUSP: Fortalecer a organização de base e o Sintusp para lutar de forma independente da reitoria, Tarcísio e Lula-Alckmin

No dia 26 de junho em todas as unidades da USP, inclusive nos hospitais, e dia 27 somente nos hospitais, vão acontecer as eleições do Conselho Diretor de Base do SINTUSP. O CDB é uma instância do sindicato que reúne mensalmente a diretoria e os representantes eleitos em cada unidade da USP para debater e decidir as tarefas da classe trabalhadora.

quarta-feira 26 de abril de 2023 | Edição do dia

Suas eleições ocorrem logo após a eleição da nova gestão da diretoria do sindicato e representam um elemento importante na democracia operária, que permite ligar o sindicato à base da categoria, organizando os trabalhadores em cada unidade através de reuniões e ajudando a que as decisões tomadas nos locais de trabalho se expressem nas assembléias e que os debates que ocorrem nas reuniões e instâncias do sindicato como diretoria, CDB, assembleias possam ser debatidas e decididas por todos em cada lugar da USP de modo que cada trabalhadora e trabalhador tome nas suas mãos as decisões e o rumo do Sintusp e de nossas lutas.

Em um contexto de tantos ataques sofridos pela classe trabalhadora que sofre com o ataque às suas condições de vida e de trabalho na USP e em todo estado de São Paulo e nacionalmente com as reformas trabalhista e da previdência, a terceirização, desemprego, aumento do custo de vida, privatizações ter uma forte organização de base que seja independente da reitoria, dos patrões e dos governos Tarcísio e Lula-Alckmin são questões decisivas e eleger representantes do CDB atuantes permite fortalecer muito o sindicato, a categoria e a nossa classe.

Reivindicamos o programa defendido pela atual gestão do sindicato “Sempre na Luta - Lutadores (as) e Piqueteiros (as): por um Sintusp classista, combativo e democrático” e consideramos muito importante fortalecer a organização de base nas unidades e os espaços de democracia operária como as assembléias para fortalecer o nosso Sindicato.

Consideramos fundamental a unidade da nossa classe, por isso apoiamos cada uma das lutas de outros setores como a recente greve dos metroviários de SP e MG, a luta dos professores contra a Reforma do Ensino Médio e defendemos igualdade de direitos e salários e a efetivação das trabalhadoras terceirizadas sem necessidade de concurso público.

Consideramos a luta contra as opressões as mulheres, negros e LGTBs parte das batalhas fundamentais da classe trabalhadora e, por isso precisamos fortalecer as Secretarias de Mulheres, Negros e Diversidade Sexual do Sintusp.

Na USP, Unesp e Unicamp estamos lado a lado com o movimento estudantil para defender uma Universidade pública e a serviço dos interesses da classe trabalhadora e do povo pobre, assim como os serviços públicos enfrentando os ataques privatistas da Reitoria e da burocracia universitária. Para levar a frente esse combate é fundamental manter uma posição política classista e independente de qualquer governo, tanto do Tarcísio em São Paulo quanto de Lula/Alckmin a nível federal, ideias que as companheiras e companheiros do Movimento Nossa Classe viemos defendendo e queremos contribuir nesse sentido apresentando candidaturas de companheiras e companheiros para representantes de base no Conselho Diretor do SINTUSP em várias unidades como EEFE, FEUSP, FFLCH, SAS, IgC, FAU, ECA, FOUSP, IEE, HU, ICMC e Prefeitura, dos campi da capital e do interior de São Paulo.

Mesmo já tendo passado 100 dias sem Bolsonaro na presidência, seguimos vendo a manutenção de todas as medidas de ataques contra a classe trabalhadora: as reformas da previdência e trabalhista seguem vigentes e a reforma do ensino médio segue sendo aplicada. Aqui em São Paulo temos um governo bolsonarista, que está obcecado em aprovar uma reforma administrativa para facilitar o desmonte e a privatização dos serviços públicos, impondo retrocessos gigantes nas conquistas da população e do funcionalismo público.

Muitos trabalhadores e jovens tem uma grande expectativa de que a resolução de problemas urgentes e profundos da nossa classe vão vir das mãos de um governo de Frente Ampla ou de instituições como o judiciário. Essa expectativa é alimentada pelas direções das grandes centrais sindicais como a CUT, Força Sindical, UGT que ao contrário de organizar um plano de luta para que a nossa classe entre na cena política divide e paralisa as nossas mobilizações em prol da “governabilidade” que a classe dominante necessita para continuar nos atacando. Por isso, as companheiras e companheiros do Movimento Nossa Classe nos inspiramos nos exemplos das mobilizações que percorrem o Peru e o conjunto da Europa, particularmente a França, na resistência contra a aprovação da reforma da previdência neste país. Para avançar na nossa organização nacional batalhamos para fortalecer a CSP-Conlutas como um polo de independência de classes no movimento operário e popular.

  • As centrais sindicais precisam organizar um forte plano de lutas para arrancarmos a revogação integral de todas as reformas, o reajuste salarial de acordo com o aumento da inflação e a redução da jornada de trabalho sem redução nos salários. Pela unidade do funcionalismo e da população para barrar a reforma administrativa e impedir as privatizações do Metrô, Sabesp e serviços públicos.
  • Pela organização da nossa classe a partir dos locais de trabalho para lutar de forma independente contra os ataques de Tarcísio, de Lula-Alckmin e dos patrões .
  • É fundamental uma campanha nacional em defesa da igualdade salarial e de direitos para as trabalhadoras terceirizadas e pela sua efetivação;

Na USP estamos diante de uma Reitoria que na gestão de Carlotti e Maria Arminda vem avançando em passos largos no projeto de Universidade defendido abertamente desde a gestão Zago, uma universidade de costas para as necessidades da maioria da população e cada vez mais atrelada aos interesses do mercado.

Esse projeto de universidade e que une Tarcísio, a reitoria da USP, da Unesp e da Unicamp é bastante antigo mas hoje se esconde atrás do nome de “Inovação”, colocando as pesquisas para melhorar a lucratividade de empresários milionários com as pesquisas financiadas com o dinheiro público e restringindo o acesso da juventude trabalhadora e pobre à universidade. Esse desmonte se mostra na falta de contratações, destruição de setores inteiros como a Prefeitura, bandejões, manutenção, na desvinculação e repasse do HRAC para as Fundações Privadas ligadas a setores da própria burocracia acadêmica. O desmonte do HU e dos serviços de saúde abre caminho para a privatização direta ou indireta através de convênios privados ou sua transferência para administração de OS’s enquanto aparentam estar preocupados com a saúde dos trabalhadores ao oferecer o auxílio-saúde. A transferência das creches para administração municipal via Organizações Privadas alinhada com a mudança de caráter das bolsas de permanência estudantil.

A extinção de funções e a não-contratação para cargos operacionais buscando aumentar a terceirização e precarização do trabalho. A desvalorização de ¼ do salário nos últimos 10 anos e a falta de valorização e isonomia entre os trabalhadores e professores. Todas essas medidas de ataques vem acompanhada de uma demagogia hipócrita que fala de inclusão das mulheres, negros e LGBTs enquanto a política da reitoria ataca cada vez mais esses setores.

A mesma Reitoria que cria uma Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento é a que aprofunda o trabalho terceirizado na Universidade, permitindo que empresas criminosas assumam contratos de limpeza, segurança, controle de acesso, manutenção, tecnologia de informação impondo uma relação de trabalho com menos direitos, salários mais baixos e muitas vezes com atrasos e erros nos pagamentos. A “Universidade da Inclusão” segue segregando as trabalhadoras terceirizadas, em sua maioria mulheres e negras, do conjunto da Universidade, impedindo que elas possam utilizar sequer os circulares, pois não tem o mínimo acesso ao BUSP. Nossa bancada defende igualdade de direitos e salários para as trabalhadoras e trabalhadores terceirizados como parte de batalha para unificar as fileiras da nossa classeassim como batalhamos também pela efetivação imediata de todas as trabalhadoras terceirizadas.

  • Basta de discriminação: * Pelo direito ao BUSP para todas as trabalhadoras terceirizadas; igualdade de salários, direitos e acesso aos serviços da USP para todas as trabalhadoras terceirizadas

Veja aqui o Manifesto contra a Terceirização impulsionado por milhares de intelectuais e seja parte dessa campanha. Igual Direitos, Igual Salário!

Saiba mais: Mais de mil intelectuais, juristas, parlamentares e entidades acadêmicas e de representação de trabalhadores(as) lançam Manifesto contra a terceirização e a precarização do trabalho

Reivindicamos também as demandas aprovadas pela categoria na sua campanha salarial:

  • Reajuste salarial com, reposição das perdas acumuladas! Valorização do piso básico da categoria: queremos R$ 1200,00 incorporados aos salários de todos ;
  • Contratação de funcionários efetivos para todos os setores, começando pelas creches, bandejões, Prefeitura, manutenções e hospitais; e efetivação dos terceirizados, sem concurso público;
  • Em defesa do HU e Ceseb, contratação jà para que o HU possa atender toda demanda da comunidade USP e para a população;
  • Em defesa da permanência estudantil para atender toda a demanda, contra o avanço da Prip sobre a organização dos estudantes ;
  • Em defesa das creches da USP, com contratação de trabalhadores efetivos para atender os filhos das estudantes, docentes, trabalhadoras efetivas e terceirizadas;
  • Contra o assédio moral e sexual nos locais de trabalho e estudo, a reitoria é responsável;
  • Em defesa do direito das mães e pais atípicos a redução da jornada;
  • Contra a compensação de horas do recesso e ponte de feriados, dias que a universidade permanece fechada, e que faz com que nossa jornada seja mais longa para suprir a falta de funcionários, gerando sobrecarga e precarização.

Para combater esses ataques precisamos fortalecer a organização dos trabalhadores pela base, nas unidades, fortalecer o Sintusp com uma forte campanha de filiação, nos aliar aos estudantes, intelectuais de esquerda e com a população, batalhando pela independência política em relação aos governos e patrões.

No dia 26 de abril (e também dia 27 nos hospitais), participe da eleição do CDB nas suas unidades! Fortaleça o Sintusp participando das atividades! Conheça o o Movimento Nossa Classe e vote nesses candidatos para fortalecer a unidade dos lutadores e a independência de classe.




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias