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Capitulação sem fim | PSOL faz bloco parlamentar com PSB e Republicanos de Carlos Bolsonaro em Pernambuco

Abrindo mão de qualquer resquício de independência, PSOL-PE fecha bloco parlamentar com o Republicanos, partido de extrema direita ligado à Universal que abriga figuras como Carlos Bolsonaro, além do PSB, partido da oligarquia Campos-Arraes que está na prefeitura da cidade.

sexta-feira 1º de março | Edição do dia

Após o abandono total da independência de classe e de ter se jogado na frente ampla e se tornado um apêndice do PT, o PSOL parece querer aprofundar ainda mais o caminho da capitulação. Em comunicado publicado ontem, o partido anuncia que formará um bloco parlamentar com o Republicanos e o PSB. O documento é assinado por Dani Portela (líder do PSOL), Sileno Guedes (líder do PSB) e William Birigido (Republicanos).

O Republicanos se trata de um partido de extrema direita, ligado à Universal e que abriga ilustres reacionários como Carlos Bolsonaro, Damares Alves e Tarcísio de Freitas. Além disso, aqui em Pernambuco está recebendo "reforços" como Álvaro Porto, que está saindo do PSDB após algumas rusgas com a governadora Raquel Lyra. No entanto, o mesmo já enfatizou que irá manter relações institucionais com o governo da direitista. Já o PSB é o partido da oligarquia Arraes-Campos, que governo o estado durante 16 anos e está a 12 na frente da prefeitura, sendo responsável por Pernambuco ostentar os primeiros lugares nos índices de desemprego, pobreza e informalidade.

A aliança do PSOL não apenas com o PT, mas também com partidos de direita e extrema direita segue outros exemplos nacionalmente, como em Porto Alegre, onde abriram mão da candidatura para apoiar a candidatura do PT e nesse processo costuraram o apoio do União Brasil à chapa. Além disso, desde 2022 estão em uma federação com o Rede, partido que apoiou o golpe de 2016. Isso significa que, aqui em Pernambuco, existe a chance do candidato à prefeitura ser Tulio Gadelha (Rede), que apoiou e ainda apoia Raquel Lyra.

Mesmo que esse último cenário não se concretize, tal aliança com o PSB marca um total abandono do partido de qualquer resquício de independência e indica um alinhamento maior com o partido e com o próprio prefeito João Campos, que esteve em reunião com Dani Portela no dia anterior do anúncio. Prefeito esse que é responsável por inúmeros ataques e pela situação de precarização da cidade e que de elegeu em 2020 dentro de uma campanha marcada pela utilização dos métodos bolsonaristas de fake news contra uma candidatura em que o cargo de vice era justamente do PSOL.

O cenário de capitulação em toda a linha do PSOL reforça a importância de construir uma alternativa de independência de classe que se enfrente contra os ataques da direitista Raquel Lyra, mas também da prefeitura de João Campos e do governo de de frente ampla Lula-Alckmin. Uma perspectiva que busque mobilizar os trabalhadores e a juventude independente dos governos e dos patrões com um programa anticapitalista que possa dar uma real resposta à precarização da da vida no nosso estado. É essa perspectiva que nós do MRT e do Esquerda Diário buscamos construir.




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