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OLIGARQUIA SEM DECORO PARLAMENTAR | Ruralista do DEM parte para briga com um ministro do PMDB ligado a Sarney: quando primo briga com primo é sinal de muita sujeira

Sob gritos de ’safado’ e ’bandido’, Caiado do DEM (Goiás) chama ministro Eduardo Braga (PMDB-Amazonas) para briga. Os insultos entre gente tão próxima em seus interesses materiais é um indício do nível de corrupção e negociatas que se tornou a política nacional.

sexta-feira 30 de outubro de 2015 | 00:00

O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) e o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, precisaram ser contidos nesta quinta-feira, 29, por outros parlamentares durante intenso bate-boca em audiência pública na Comissão Mista de Mudanças Climáticas do Congresso Nacional. Sob gritos de "safado" e "bandido" de um para o outro, o senador chegou a chamar o ministro para "resolver a questão" fora do plenário onde ocorre a reunião no Senado.
Caiado é um ruralista conhecido por utilizar trabalho escravo em suas fazendas. Braga, por sua vez é um indicado político da família Sarney. Ou seja, uma briga de primos.

Caiado fazia um questionamento sobre a renovação das concessões das distribuidoras e os planos de venda da Celg Distribuidora pela Eletrobras, quando chamou a atenção de Braga para que ele ouvisse a pergunta. Enquanto o ministro tentava dizer que estava ouvindo as palavras do senador e pedia desculpas por ter se virado de lado, Caiado levantou-se e foi em direção à mesa dizendo que estava sendo desrespeitado.

"Vossa Excelência deveria ficar calmo, está muito nervoso. Vossa Excelência está desequilibrado", disse Braga, enquanto Caiado o chamava de "bandido" e "safado". "Safado é Vossa Excelência, me respeite. Bandido é você", completou o ministro.

Caiado chegou a chamar Braga para a briga, dizendo que queria resolver o desentendimento fora da sala. O ministro não chegou a se levantar da cadeira enquanto o senador era contido pelos demais parlamentares.
Veja a seguir o vídeo.

Esta briga entre representantes de oligarquias regionais em torno de uma privatização feita a toque de caixa, mostra não a existência de um lado a reivindicar nesta briga, mas um sintoma de deterioração da política brasileira. Um sinal de que “primo” está brigando com “primo” no mar de corrupção, negociatas, e interesses que estão se cruzando diariamente. Esta situação acelera o apetite político e “comercial” de vários políticos e seus financiadores. Que gente tão inimiga dos interesses dos trabalhadores como um oligarca ligado a Sarney quase chegue aos “fatos” com um escravocrata escancara não só a sujeira que deve se esconder no caso CELG mas o sintoma geral de deterioração da política nacional em cada vez mais espúrias negociatas.




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