O PSOL volta a ter a bancada partidária na Câmara. O deputado Glauber Braga, eleito pelo PSB do Rio de Janeiro, decidiu se filiar ao partido que, desde esta quarta-feira (23), conta novamente com cinco representantes na Casa.
quinta-feira 24 de setembro de 2015 | 00:00
FOTO: Agência Câmara
O PSOL volta a ter a bancada partidária na Câmara. O deputado Glauber Braga, eleito pelo PSB do Rio de Janeiro, decidiu se filiar ao partido que, desde esta quarta-feira (23), conta novamente com cinco representantes na Casa.
Com esse número, o PSOL deixa de ter uma representação e volta a ter uma bancada, conforme prevê o Regimento Interno da Câmara, que garantem, entre outras coisas, falar com tempo de liderança em todas as sessões e não apenas uma vez por semana em Plenário.
Essa nova situação no PSOL, no entanto, vem com a contradição de não se ter feito nenhuma discussão política mais profunda ou programática (as ideias do PSOL) para a entrada de Glauber Braga. Isso se colocava como uma questão fundamental na medida em que o PSOL busca uma localização à esquerda do PT, mas terminou por incorporar um deputado de um partido burguês, pupilo do falecido candidato a presidência Eduardo Campos.
Segundo argumentou Val Lisboa neste Esquerda Diário, “Com a vergonhosa derrota de Marina Silva, a eleição do senador Romário, e os planos deste para ser o candidato a prefeito do Rio nas eleições de 2016, o parlamentar perdeu a presidência do partido e, sem Eduardo Campos, já não tem espaço político no PSB para seus projetos pessoais e carreiristas. Ele precisa de um partido para seus projetos, a direção do PSOL deseja mais um deputado para ganhar mais espaço na Câmara Federal. Diante disso, estamos vendo se realizar o ditado popular ‘junta-se a fome com a vontade de comer’”.
Segundo apurou o Esquerda Diário, no interior do PSOL alguns grupos foram resistentes a entrada de Glauber Braga; no entanto, nenhuma manifestação pública até agora foi feita. Para o PSOL a contradição é ainda maior na medida em que tem mantido a resistência a entrada do Movimento Revolucionário de Trabalhadores (MRT), organização de trabalhadores que impulsiona o Esquerda Diário, ainda que já tenha havido amplos apoios nas redes por intelectuais e mesmo militantes do PSOL de distintas cidades.
