quarta-feira 15 de maio de 2019 | Edição do dia
Em sua alocução na Câmara, Abraham Weintraub não apenas tenta justificar, com uma lógica digna de toupeiras, o absurdo corte de 30% no orçamento das universidades e institutos federais, como se o ensino básico estivesse em oposição ao ensino superior.
Weintraub disparou: "Autonomia universitária não é soberania. E mais: a polícia tem de entrar sim na universidade", tendo o microfone cortado enquanto falava sobre sua defesa da repressão aos estudantes e professores das instituições de ensino superior.
"As universidades precisam respeitar as leis, se for preciso a polícia tem que entrar numa universidade sim." - @AbrahamWeint
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) 15 de maio de 2019
Weintraub carrega consigo a ideologia mais reacionária dos defensores mais obscurantistas da herança ditatorial, que defendem a polícia nas universidades, nas periferias e morros, como um aparato repressivo para conter as erupções sociais contra as desigualdades econômico-sociais estruturais promovidas pelo sistema capitalista.
Contra essa ideologia de extrema direita, é necessário não apenas repudiar as declarações repressivas de um governo que, com o pacote anticrime de Moro e o armamento de latifundiários por Bolsonaro, promovem uma verdadeira licença para matar negros, pobres e indígenas no país.
É necessário batalhar por uma universidade em que toda a classe trabalhadora possa estudar, através do fim do vestibular e da estatização das universidades privadas, expropriando os monopólios privados que lucram agora com os cortes de Weintraub.
As ruas das principais cidades de todo o país estão ocupadas por estudantes universitários, secundaristas, professores e trabalhadores da educação, além de familiares e trabalhadores de todas as categorias que estão contra os cortes e também contra a reforma da previdência, como lutas indissociáveis.