Após quatro anos do odioso governo de extrema direita de Bolsonaro, toma posse hoje, dia 01, o futuro governo de Lula-Alckmin.
domingo 1º de janeiro de 2023 | Edição do dia
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Nesse 2023 para enfrentar a extrema-direita, já está na ordem do dia construir uma força dos trabalhadores independente do novo governo e do regime.
A cerimónia terá início às 13h45, hora local, e a tomada de posse está prevista para depois das 15 horas no Congresso. Ainda não há detalhes sobre o tradicional desfile do presidente por questões de segurança.
Neste 1º de janeiro, Luiz Inácio Lula da Silva assumirá seu terceiro mandato como presidente do Brasil, após derrotar por pouco o abominável Jair Bolsonaro, no segundo turno, realizado em 30 de outubro.
Num contexto de alta polarização, Lula construiu a aliança mais ampla que pôde para enfrentar o direitista Bolsonaro, tema amplamente celebrado pela mídia hegemônica e pelas bancadas empresariais e bancárias. Como dissemos em análise publicada após as eleições, Lula terá que ser um "pacificador moderado que esfria o ânimo do país, agrada os mercados com regras fiscais sólidas e constrói uma frente tão ampla que possa abarcar as múltiplas expressões da direita neoliberal tradicional" (incluindo seus economistas e ideólogos).
Essa amplitude tão elogiada pela burguesia deveria servir de alerta para todos aqueles que veem no terceiro mandato de Lula uma chance de recuperar o que foi perdido após o golpe contra Dilma Roussef em 2016. Aliás, o próprio Lula prometeu em sua campanha que não revogar integralmente as odiadas reformas trabalhista e previdenciária.
No dia 29 de dezembro, Lula terminou de confirmar os ministros de seu gabinete onde se misturam nomes com influência nos movimentos sociais, especialmente no movimento negro e indígena, mas também uma boa dose de burgueses tradicionais, filhos de oligarcas e golpistas.
Veja aqui: Análise inicial sobre o ministério de Lula
A cerimônia
Conforme informado pelo Senado e seguindo o costume inaugurado em 1995 por Fernando Henrique Cardoso, o evento será realizado no dia 1º de janeiro na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, capital do país.
A chegada de Lula ao Congresso está prevista para às 13h45 e a sessão de posse oficial terá início às 15h, quando será lido e assinado o Termo de Mandato do Presidente e do Vice-Presidente da República eleitos. Após a sessão, Lula e Alckmin seguirão para o Palácio do Planalto, sede do Executivo.
Cerca de 120 representantes de diferentes países do mundo participarão da cerimônia, incluindo 17 chefes de estado, segundo informações oficiais.
Da América Latina, a presença de Alberto Fernandez (Argentina), Mario Abdo Benítez (Paraguai), Guillermo Lasso (Equador), Xiomara Castro (Honduras), Lacalle Pou (Uruguai), Gustavo Petro (Colômbia), Gabriel Boric (Chile) e Nicolás Maduro (Venezuela). Neste último caso, foi necessário anular um decreto de 2019 que proibia a entrada de Maduro e de uma centena de funcionários de seu governo no país.
Por sua vez, o presidente mexicano, Andrés Lopez Obrador, anunciou que não participará da cerimônia e que sua esposa, a historiadora Beatriz Gutiérrez Müller, o representará.
Além disso, chegarão ao país os presidentes da Alemanha e de Portugal, assim como o rei da Espanha.
Notavelmente ausente da cerimônia estará Bolsonaro, que já está nos Estados Unidos apesar da comitiva do presidente ter negado a possibilidade de uma viagem. Várias fontes já informaram que ele ficará em um dos hotéis de Donald Trump.
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