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CRISE HÍDRICA | Aneel reajusta taxa extra de energia em 52% e já prepara novo aumento

A chamada bandeira vermelha nível 2 passou de R$ 6,24 para R$ 9,49 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. E já está no radar novo aumento para agosto, para R$ 11,50 da bandeira vermelha nível 2.

quarta-feira 30 de junho de 2021 | Edição do dia

Com o agravamento da crise hídrica e o risco de um novo racionamento de energia no País, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou na terça-feira, 29, um reajuste de 52% para a taxa extra embutida atualmente nas contas de luz. A chamada bandeira vermelha nível 2 passou de R$ 6,24 para R$ 9,49 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, como forma de compensar os custos com o maior uso das termoelétricas. O novo adicional vai valer a partir de julho.

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Esse não será, porém, o único reajuste programado para os próximos meses. Ontem mesmo, a agência já abriu uma consulta pública para uma segunda correção de valores. A proposta em discussão prevê agora que a bandeira vermelha 2 (o patamar tarifário mais alto) possa ser elevada para até R$11,50 a partir de agosto.

O reajuste já aprovado de 52% contrariou cálculos da área técnica da própria agência. Como mostrou o Estadão/Broadcast, os técnicos estimaram que a bandeira vermelha nível 2 deveria subir para algo entre R$ 11,50 e R$ 12,00 a cada 100 kWh.

Para o consumidor final, o novo aumento deve deixar as contas de luz, em média, 8,12% mais caras em julho. O cálculo é do economista André Braz, coordenador dos Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV). Ou seja, uma família que tenha gastado R$ 100 com a conta de luz agora em junho, a partir do próximo mês terá de desembolsar R$ 108,12, se mantiver o mesmo patamar de consumo.

A pedido do Estadão, a Go Energy também fez algumas simulações. A conta de luz de uma família que consome 200 quilowatt/hora (kWh) por mês em São Paulo, sem considerar os impostos, deverá subir de R$ 119,32 para R$ 125,82 - aumento de 5,44%. Se comparar ao período de janeiro a abril, quando a bandeira tarifária ainda era amarela, o reajuste da conta será de 15%, ou R$ 16. Para quem consome 100 kWh, o aumento será de R$ 3,25 em relação à bandeira vermelha de junho e de R$ 8 em relação à amarela.

O reajuste da bandeira tarifária vermelha 2 levou o mercado a revisar suas projeções para a inflação no ano. As estimativas passaram a variar entre 6% e 6,71% - muito acima do teto da meta, que é de 5,25%. Mostrando como o peso desse aumento impacta o bolso dos trabalhadores não só diretamente na conta de luz, mas também em cada produto adquirido.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.




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