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Greve da Educação | Aula pública reúne profissionais da educação em greve e estudantes na Zona Norte do Rio

sexta-feira 23 de junho de 2023 | Edição do dia

Profissionais da educação da rede estadual de diversas escolas da Zona Norte construíram uma aula pública na praça Afonso Pena nesta sexta, como parte do calendário da greve Estadual da educação. Com microfone aberto, a educação em greve se dirigiu à população denunciando o governo Cláudio Castro e explicando os motivos de sua greve, chamando a população à apoiar a luta da educação.

Estudantes da rede estadual estiveram presentes em apoio, assim como estudantes da UERJ, petroleiros e outras categorias. Denunciou-se a falta de estrutura nas escolas, a falta de funcionários de apoio como inspetores, porteiros e agentes de preparação de alimento, que recebem vencimentos R$ 802,00, abaixo do salário mínimo nacional. Denunciou-se também que o decreto de Cláudio Castro descumpre a lei do piso, propondo um desmonte da carreira do magistério, uma categoria cuja realidade é fazer horas extras através das GLP para poder pagar as contas e sobreviver.

Também se denunciou a decisão por liminar do TJ-RJ de criminalizar a greve, em clara decisão política da justiça de privilegiar e agradar o governo Estadual. Enquanto o juiz que criminaliza a greve recebe por mês R$ 45 mil reais de vencimento, os professores da rede estadual tem que se contentar com um salário de R$ 1500,00.

Direcionados à população, as falas dos profissionais da educação salientavam que, enquanto falta dinheiro para educação, sobra dinheiro para esquemas de corrupção com funcionários fantasmas através do Ceperj, ou com centenas de milhões para cabos eleitorais através da UERJ. Sobra dinheiro para a repressão das polícias contra a juventude negra e pobre nas favelas, mas falta na hora de investir no ensino público.

Estudantes da rede estadual denunciaram também como o projeto do Novo Ensino Médio não passa de sucateamento do ensino oferecido para os filhos da classe trabalhadora, elitizando o acesso ao ensino público. Estudantes da UERJ que estavam presentes também salientaram a necessidade de unificar as lutas da educação em todos âmbitos, e que essa luta é um exemplo também dentro da Universidade.

No final, foi colocada a necessidade de construir unificadamente à população, o ato do dia 28/06 na frente do TJ-RJ, quando ocorrerá audiência de conciliação convocada pela justiça. É preciso lutar contra a repressão ao direito de greve e apoiar essa luta que é em defesa da educação de toda a classe trabalhadora.




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