Com a eleição de seus aliados para a Câmara e o Senado, o presidente já prepara uma série de medidas reacionárias para acenar à sua base.
quinta-feira 4 de fevereiro de 2021 | Edição do dia
Aproveitando ter conseguido colocar seus aliados à frente da Câmara e do Senado, o presidente Jair Bolsonaro aproveita para passar um pacote de medidas reacionárias, como disse na declaração hoje que deu no aeroporto de Cascavel, onde ainda ironziou com uma caixa de leite de condensado.
A primeira delas é a flexibilização do porte de armas, onde prometeu mais 3 decretos. O segundo é sobre o excludente de ilicitude, que basicamente permite que policiais e membros do exército não possam se culpados por crimes cometidos no "exercício da profissão". Num dos países com a polícia mas assassina do mundo, onde já impera a impunidade, Bolsonaro quer institucionalizá-la ainda mais.
Como demonstrado por essas medidas e pelas muitas mais sendo prometidas, uma série de ataques vem por aí. Frente a eles, não podemos confiar que a suposta oposição ao Bolsonaro no parlamento - oposição essa que deu vários votos ao candidato governo - ou que o STF possa ser qualquer barreira. Podemos apenas confiar na mobilização e nas forças da classe trabalhadora. Por isso, é necessário desde já que as centrais sindicais convoquem um plano de lutas para barrar os ataques.
