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AOS RICOS TUDO É PERMITIDO | Carros de luxo voltam para as mãos de Collor, mesmo antes de terminarem as investigações

sexta-feira 23 de outubro de 2015 | 00:00

O senador Fernando Collor (PTB-AL), investigado pela Operação Lava Jato, foi autorizado a reaver seus carros de luxo, apreendidos pela Polícia Federal durante as investigações. O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), permitiu ao senador guardar os veículos. Collor será o fiel depositário de um Lamborghini, um Bentley, uma Range Rover e uma Ferrari. Isso significa que os carros voltarão para sua posse mesmo permanecendo as acusações contra ele. Ele não poderá utilizar os automóveis, que estariam em sua posse apenas para realização de manutenção.

Dos carros apreendidos, apenas um Porsche Panamera não voltará à residência de Collor. De acordo com a decisão, o senador não apresentou termo de concordância da empresa GM Comércio de Combustível Ltda, em nome de quem está registrado o veículo.

Collor pediu ao STF para guardar em sua posse os veículos porque são automóveis de luxo que demandam cuidados especiais. "Não se tratando de bens essenciais à elucidação dos fatos investigados, nem constituindo, em si mesmos, bens ilícitos, não haveria óbice à nomeação do requerente como fiel depositário, com os deveres e ônus correspondentes", disse a decisão do STF.

Os carros estão registrados em nome de empresas de fachada, e a suspeita é que serviram para lavagem de dinheiro. Salta aos olhos a diferença de tratamento dada a Collor, e outros acusados de crimes que pertencem à classe dominante, sejam políticos ou empresários, em comparação com os negros, pobres e filhos da classe trabalhadora, quando acusados de qualquer coisa. São comuns as notícias de prisões arbitrárias, centenas de presos são encarcerados ilegalmente, enquanto aguardam julgamentos, sem contar os tantos que são assassinados pela polícia todos os dias nos morros e favelas muitas vezes pela simples suspeita. Enquanto isso, a um senador que recebe milhões de reais provenientes de corrupção permanece com todos os seus privilégios intactos.




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