×

Leilão do 5G no Brasil | Com arrecadação abaixo do esperado, leilão do 5G mantém monopólios no país

Com as operadoras Claro, Vivo e Tim arrematando as principais faixas de frequência de internet, os monopólios se reforçam no futuro do serviço no país. A única novidade é uma empresa menor que tem sede nas Ilhas Cayman, famosas por serem um dos principais paraísos fiscais.

sexta-feira 5 de novembro de 2021 | Edição do dia

Foto: Divulgação

Terminou nesta quinta-feira (4) o leilão do 5G, para arrematar as faixas de frequência por onde percorrerá a internet 5G. Arrecadando, segundo a Anatel, R$ 46,79 bilhões, o valor ficou abaixo do esperado inicialmente, R$ 49,7 bilhões. O leilão da principal faixa, de 3,5 GHz ficou com as empresas que já possuem o monopólio do serviço no país, a Vivo, a Claro e a Tim.

Afirmando novamente a hegemonia das operadoras, agora a principal faixa para avançar com a internet mais rápida (5g) está sob o controle das mesmas empresas que possuem quase todo o serviço de telecomunicações em suas mãos, oferecendo serviços precários a preços altos, se valendo do monopólio que possuem no mercado brasileiro.

A novidade ficou apenas com o leilão menor da faixa de 700MHz, sobra do leilão do 4G do ano de 2014. A novidade, no caso, é a Winity, uma empresa de telecomunicações sediada nada mais nada menos do que nas ilhas Cayman, famoso paraíso fiscal que abriga offshores de capitalistas que não pagam impostos e nem juros, no mesmo funcionamento das empresas descobertas no panamá papers, escândalo envolvendo até mesmo o nome de Paulo Guedes, ministro da economia. Segundo declarações do presidente, a intenção é oferecer serviço não para a população, mas sim para outras operadoras de telecomunicações.

Enquanto o leilão da internet 5G chega ao país por um preço abaixo do esperado para as velhas empresas monopolistas, cerca de 50 milhões de brasileiros ainda vivem a exclusão digital, não possuindo meios de acesso à internet.

No Brasil e no mundo, os leilões do 5G são também passados pelos conflitos EUA-China. Leia mais aqui




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias