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Autoritarismo nas eleições | Das mais de 500 operações da PRF para impedir o povo de votar, metade são no Nordeste

Das pelo menos 560 operações realizadas hoje pela Polícia Rodoviária Federal, nas quais atrapalhavam o acesso a locais de votação e assediavam eleitores, 49,5% tiveram como alvos locais na região nordeste do país. O mais escancarado autoritarismo racista e xenofóbico contra os direitos democráticos elementares do povo e a serviço da extrema direita.

domingo 30 de outubro de 2022 | Edição do dia

Dentre as pelo menos 560 absurdas operações realizadas país afora ao longo deste segundo turno, 30/10, pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), um total de 272, representado 49,5% do total, tiveram como alvos localidades na região nordeste do país, segundo levantamento.

A divisão do restante das operações é de 122 no Centro-Oeste (22,22%), 59 no Norte (10,7%) e Sudeste e Sul empatados em último lugar, com apenas 48 (8,74%) cada.

Desde o início do dia, denúncias de vários pontos do país expõe as absurdas investidas antidemocráticas da PRF, encabeçadas pelo diretor bolsonarista da instituição, segundo indícios, possivelmente em coordenação direta com Bolsonaro. Vídeos circulando nas redes escancaram transportes públicos sendo detidos, eleitores acossados e vias de grande circulação bloqueadas, gerando grande trânsito e dificultando o exercício do direito ao voto, em alguns casos, como na Ponte Rio-Niterói no Rio de Janeiro em operações conjuntas com o exercício. Circulam, ainda, denúncias de ações de outras forças de repressão, inclusive com discurso pró Bolsonaro aberto.

Mesmo após a emissão de liminar pelo Tribunal Superior Eleitoral intimando a interrupção das criminosas operações, denúncias seguiram aparecendo e se estenderam até o fim do período de votação. Pouco antes, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, anunciou em coletiva que não iria prorrogar o período de votação.

As ações escandalosas levadas à frente nesse domingo não deixam dúvida do que é a sanha autoritária da extrema direita bolsonarista e das forças repressivas que veem em Bolsonaro seu representante. O foco das ações na região nordeste, longe de ser incidental, aponta diretamente para um ataque concentrado contra os direitos democráticos dos moradores de uma das regiões do país onde Bolsonaro foi mais massivamente rechaçado, e refletem todo o racismo e xenofobia destas instituições.

Diante dessa atuação autocrática policial e militar, fruto da podridão do regime político herdeiro do golpe institucional de 2016 e das ameaças golpistas de Bolsonaro e sua corja, como de Carla Zambelli e Roberto Jefferson, bem como a impossibilidade de qualquer combate consequentemente ao golpismo por parte de instituições como o STF e o TSE, ambos artífices do golpe de 2016, da prisão arbitrária de Lula, que possibilitou a ascensão de Bolsonaro, bem como de incontáveis ataques aos trabalhadores e o conjunto do povo, fica claro que a única forma de combater o bolsonarismo e impedir mais esse absurdo atentado contra os mais elementares direitos democráticos será com os métodos de luta da nossa classe, com greves e manifestações com a unidade sob um programa anticapitalista, sem alianças com a direita e acabando com os privilégios dos faraós policiais que odeiam a população pobre e os nordestinos!

Que as grandes centrais sindicais, como a CUT e a CTB, dirigidas pelo PT e PCdoB, organizem a luta em cada local de trabalho, para revogar também todas as reformas anti-trabalhadores, setores oprimidos e povo pobre, sem nenhuma confiança em STF e TSE autoritário!




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