Em live nesta terça-feira, Bolsonaro voltou a subir o tom contra Alexandre de Moraes, presidente do TSE, tentando alentar sua base reacionária de extrema-direita. O ministro autoritariamente quebrou o sigilo bancário do principal ajudante de ordens do presidente
Rosa Linh Estudante de Ciências Sociais na UnB
quarta-feira 28 de setembro de 2022 | Edição do dia
Segundo o jornal Estado de Minas, o funcionário é alvo de investigação da Polícia Federal (PF), suspeito de realizar movimentações financeiras para cobrir despesas pessoais da família do presidente e de pessoas próximas à primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
Na live, Bolsonaro esbravejou dizendo "Alexandre, você mexer comigo é uma coisa, você mexer com minha esposa, você ultrapassou todos os limites, Alexandre de Moraes. Todos os limites. Você está pensando o quê da vida? Que você pode tudo e tudo bem? Você um dia vai dar uma canetada e me prender? É isso que passa pela sua cabeça? É uma covardia”
Que Bolsonaro e sua familícia são corruptos de longa data, não resta a menor dúvida, basta lembrar da rachadinha e tantos outros escândalos. Esse discurso é típico da extrema-direita para alentar sua base protofascista e estimular desejos golpistas. Fora todo o circo em volta da questão da esposa de Bolsonaro, uma forma de investir no eleitorado feminino apesar de seu machismo e misoginia completamente abjeta.
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Por outro lado, essa também é uma mostra do autoritarismo do judiciário, com os mesmos métodos persecutórios que levou a frente a Lava Jato e o STF nas eleições manipuladas de 2018, prendendo Lula injustamente, o principal candidato. Basta lembrar da própria censura do judiciário a uma matéria do Uol denunciando a compra de 51 imóveis com dinheiro vivo pela familícia. Essa é parte da política levada pelo judiciário para ter uma melhor localização no regime, independente de quem ganhe as eleições. Assim, o judiciário disciplina Bolsonaro e polarizando à direita um eventual governo Lula, sendo um pilar fundamental para a manutenção da obra econômica do golpe como as reformas ultraneoliberais de Temer e Bolsonaro - considerando que Lula e Alckmin se comprometeram em não revogar as reformas e ataques.
Para derrotar o bolsonarismo, suas ameaças golpistas e o conjunto das reformas contra os trabalhadores, não podemos confiar no judiciário que lhes deram passagem e, quando necessário, usam desses métodos para perseguir a esquerda - o que podemos ver contra o PCO, com Renato Freitas do PT, etc. Precisamos batalhar pela unidade das e dos trabalhadores, sem confiança na direita e nos patrões. Para fortalecer essa luta estão colocadas as candidaturas do MRT pelo Polo Socialista Revolucionário.
Editorial MRT | 5 pontos para uma posição de independência de classe diante das eleições no Brasil
