Manobra desrespeita decisão da assembleia geral, impede com que professores não sindicalizados possam participar da decisão dos rumos da greve e confunde a categoria.
quinta-feira 3 de agosto de 2017 | Edição do dia
Conforme foi deliberado em assembleia dos professores do Rio Grande do Sul, na última terça-feira (01/08) na praça da matriz, a categoria entraria em greve até sexta-feira, com nova assembleia marcada no mesmo local para avaliar e deliberar os rumos da mobilização.
Essas decisões ocorreram em uma assembleia como é de costume da atual direção do CPERS, onde somente a direção e algumas centrais sindicais puderam utilizar o microfone para defender suas propostas.
Nenhum comando de greve estadual foi proposto pela oposição que teve acesso ao caminhão de som, tampouco deliberado. Dessa forma abre-se espaço para a burocratização dos nossos espaços de deliberação - o conselho geral, que sequer foi reeleito nesta última eleição, controla as decisões da greve.
Hoje, um dia antes da assembleia que visa deliberar os rumos da greve e com uma adesão forte, principalmente na capital, região metropolitana e algumas cidades do interior a direção central decide unilateralmente trocar o local da assembleia para um local fechado, impossibilitando a participação de trabalhadores não sindicalizados.
A foto comprova como a decisão do local havia sido deliberação da assembleia geral
A assembleia deve ser o espaço de deliberação de toda a categoria dos professores. A verdade é que a direção central tem medo que mais professores participem da assembleia e façam vale a voz da base da categoria.
O Movimento Nossa Classe defende a liberdade total de expressão das forças políticas e independentes nas assembleias como também que todos os trabalhadores em educação, sejam eles sindicalizados ou não, possam decidir os rumos da greve na assembleia. Defendemos também, como maneira de aproximar a base da categoria com a direção da greve, a criação de um comando de greve com representantes eleitos nas assembleias dos professores de maneira proporcional ao estágio de mobilização.
Colocamos o Esquerda Diário à disposição da luta dos trabalhadores em educação do RS.