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Solidariedade | Estudantes ocupam universidade em Nápoles contra os ataques de Israel e em apoio aos palestinos

Nesta segunda-feira (6), estudantes ocuparam as salas de aula da Universidade Oriental de Nápoles (no sul de Itália) para mostrar a sua “solidariedade à resistência do povo palestiniano” e denunciar “a cumplicidade e o silêncio das instituições e do Governo italiano”.

terça-feira 7 de novembro de 2023 | Edição do dia

Uma faixa na varanda central do campus avisa: “Universidade Oriental Ocupada” e acrescenta “com a Palestina até a vitória”.

Os estudantes da Universidade Oriental de Nápoles exibiram nas últimas semanas a bandeira palestina na sede da Universidade. Agora deram um passo além e decidiram tomar a instituição como medida para “denunciar também a cumplicidade e o silêncio das nossas instituições e do governo”. O nosso ato visa reabrir o debate também dentro da Universidade e fazer esta instituição tomar uma posição", segundo a agência italiana ANSA.

Em comunicado, os estudantes afirmam que “sabemos que a nossa universidade, como outras do resto do país, mantém relações de colaboração e intercâmbio de pesquisa com universidades israelitas e com o aparelho militar-industrial italiano. Não queremos estudar em uma universidade que é cúmplice daquilo que um governo colonial e criminoso como o de Israel está fazendo”.

Os estudantes exigem que as autoridades universitárias condenem os ataques de Israel contra a Faixa de Gaza, "que a universidade condene publicamente as graves violações dos direitos humanos e os crimes de guerra cometidos pelo governo israelense: desde a utilização de fósforo branco, ao assassinato indiscriminado de civis, ao bombardeamentos de escolas, hospitais e corredores de ajuda humanitária, e o cerco total a que Gaza está atualmente sujeita; que cessem os acordos entre a universidade de Nápoles e as universidades israelenses, pois os tornam cúmplices do regime de opressão colonial e de apartheid, de graves violações de direitos humanos, incluindo o desenvolvimento de armas e doutrinas militares", afirmam.

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"O que estamos testemunhando é um verdadeiro genocídio. O acesso a alimentos, água, cuidados médicos e combustível foi impedido em Gaza, os bombardeios estão na ordem do dia e têm como alvo casas, escolas e hospitais indiscriminadamente", afirmam em um comunicado.

Eles também denunciam o governo italiano por ser aliado de Israel. A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, viajou para Israel no final de outubro e reuniu-se em Tel Aviv com Benjamin Netanyahu.

Em uma declaração conjunta com Netanyahu, a líder italiana mostrou o seu apoio a Israel, afirmando que os ataques à Faixa de Gaza fariam parte de “uma batalha entre as forças da civilização e monstros bárbaros”.

A tomada da universidade de Nápoles ocorre depois de terem ocorrido manifestações em cidades como Roma e Milão, juntando-se ao movimento de apoio ao povo palestiniano, pelo cessar-fogo imediato e contra o genocídio levado a cabo pelo Estado de Israel. Pelo menos um milhão de pessoas mobilizaram-se só na Indonésia este fim de semana, enquanto meio milhão o fez na semana passada na Inglaterra. Nos Estados Unidos, não só as principais cidades, mas também as pequenas foram palco de mobilizações em apoio à causa palestina, reunindo mais de 100 mil manifestantes em Washington. As mobilizações também foram sentidas na França e na Alemanha (apesar de proibidas pelo Governo) e no Estado espanhol e em diversas cidades da América Latina como Cidade do México, Buenos Aires, Caracas, Montevidéu, Santiago do Chile, entre outras.

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