Ressoam os ecos da grande jornada de mobilização de ontem em defesa da educação pública
sábado 29 de agosto de 2015 | 00:25
Ressoam os ecos da grande jornada de mobilização de ontem em defesa da educação pública. Docentes de todos os níveis, junto a estudantes universitários e secundaristas, saíram massivamente às ruas como há muitos anos não se via. Foi uma jornada carregada de cor e entusiasmo. Desde pouco antes das 17h, começavam a chegar as colunas dos distintos centros estudantis da FEUU (Federação de Estudantes Universitários do Uruguai), assim como também de grêmios secundaristas e de outros sindicatos de ensino.
A manifestação se caracterizou por diversas palavras de ordem relacionadas à luta pelos 6% para ANEP-UDELAR (Associação Nacional de Educação Pública - Universidade da República, pela sigla em espanhol), assim como ao salário do presidente e do resto dos funcionários políticos. Essa grande jornada de luta se transforma em um pronunciamento contundente contra a essencialidade decretada por Vázquez na segunda-feira, e é um novo impulso para essa luta que envolve toda a comunidade educadora.
Pela manhã, 10 mil trabalhadores para rechaçar a essencialidade
Mais cedo, pela manhã, mais de 10 mil trabalhadores se fizeram presentes no ato do PIT-CNT (Plenário Intersindical de Trabalhadores - Convenção Nacional de Trabalhadores) em rechaço à essencialidade e em solidariedade às professoras. Uma mobilização importante, uma vez que, embora a direção da central operária tenha se caracterizado por seus zig zags desde segunda, na base operária o sentimento solidário que se percebia era genuíno. Entre as colunas operárias, a mais destacada e combativa foi a do Sindicato Único de Trabalhadores de Calçados, os quais se sobressaíram com faixas e palavras de ordem em apoio às professoras. O conflito na Educação demonstrou transcender os marcos da luta docente para transformar-se em um grande conflito social e político contra do governo da Frente Ampla.
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