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UFRGS | Nas eleições para delegados de CONUNE, os comunistas da UFRGS dizem: nosso futuro não se negocia!

Nessas eleições de delegado para o Congresso da UNE, te convidamos a conhecer, construir e votar, nos dias 5 e 6 de Junho, na chapa 6 - Nosso futuro não se negocia! Nós, comunistas, somos intransigentes. Intransigentes na defesa dos estudantes, das terceirizadas, dos trabalhadores, dos povos indígenas, da população negra, das mulheres e LGBTQIAP+, intransigentes na luta anticapitalista e revolucionária independente de qualquer governo, contra todos os ataques, pela construção de uma sociedade livre de toda opressão e exploração!

segunda-feira 29 de maio de 2023 | Edição do dia

Somos estudantes de diversos cursos da UFRGS, militantes da Juventude Faísca Revolucionária, do grupo internacional de mulheres e LGBTQIAP+ Pão & Rosas e estudantes independentes. Impulsionamos os grupos de estudos Marx na UFRGS durante o semestre passado, recentemente estivemos apresentando a universidade do ponto de vista da luta de trabalhadores e estudantes com o Tour Comunista, e, agora, rumo ao CONUNE queremos colocar todas essas ideias em prática, lutando por uma UNE que esteja nas mãos des estudantes a partir de cada curso, com independência das reitorias e dos governos, batalhando por uma universidade que esteja a serviço da classe trabalhadora, e não dos lucros capitalistas. Queremos enterrar na lata de lixo da história todo o legado de fome, morte e opressão da extrema-direita, por isso nossa aliança é com os trabalhadores e o povo pobre e oprimido desse país, não com a direita, o centrão e os empresários, como hoje faz Lula e o PT. Essas alianças só fortalecem nossos inimigos, permitindo que se abra a porteira para mais ataques, como vemos agora na ofensiva dos conservadores ligados ao agronegócio contra os povos indígenas e o meio ambiente.

Por isso, queremos representar a UFRGS nesse 59º CONUNE para lutar por um movimento estudantil combativo, subversivo e democrático, que ligue cada batalha dos estudantes e da juventude com um combate decidido contra o capitalismo, pelo nosso direito inegociável ao futuro, à educação, trabalho digno e pela liberdade da nossa sexualidade e gênero, contra as caixinhas impostas por esse sistema apodrecido.

Se o capitalismo é incapaz de satisfazer as reivindicações que surgem infalivelmente dos males que ele mesmo engendrou, então que morra!
- Leon Trotsky

Ideias e propostas que queremos levar para o CONUNE:

NADA NOS FOI DADO, TUDO CONQUISTAMOS COM NOSSA LUTA: POR ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL PLENA PARA TODA A DEMANDA!

Cortes de bolsa, filas quilométricas nos Restaurantes Universitários, ausência de cursos noturnos que impedem a permanência dos estudantes trabalhadores, indeferimentos em massa de cotistas. É essa a realidade que enfrentamos na UFRGS, uma realidade que reflete a precarização nacional da educação, fruto de consecutivos cortes de orçamento que hoje são descarregadas nas costas dos setores mais precarizados de nossa universidade - estudantes cotistas, negros, mães, índigenas e terceirizado. Não aceitamos ter que escolher entre seguir estudando ou trabalhar 12h por dia tendo que carregar nas costas os lucros de empresas como Ifood e Uber Eats, queremos entrar e permanecer na universidade, por isso lutamos por:


  •  Ampliação e aumento das bolsas para um salário mínimo com reajuste de acordo com a inflação!
  •  Reversão imediata dos cotistas desligados na UFRGS! Fim da matrícula precária e da burocratização no acesso às cotas!
  •  Reforma e ampliação das moradias estudantis universitárias em todos os campi, com um plano de obras que seja debatido democraticamente com os estudantes!
  •  Creches em todos os campi!
  •  Por um plano de obras públicas gerido por estudantes e trabalhadores para a garantia de inclusão de PCDs em todos os campi!
  •  Ampliação de cursos noturnos!

    BASTA DE TRABALHO PRECÁRIO EM TODAS AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR!

    Nossa universidade, assim como muitas pelo país ditas de “excelência”, é mantida com um trabalho ultra precário que a reitoria quer manter invisível: a terceirização. São milhares de trabalhadores, em sua maioria negros, que hoje sofrem com essa que é a face da escravidão moderna combinando o machismo, o racismo e a exploração capitalista. Na limpeza, na vigilância, na segurança, na manutenção, com baixos salários, condições insalubres de trabalho, muitas vezes tendo que comer nos banheiros, e constantes ameaças de demissão, aprofundadas pela reforma trabalhista que hoje o governo Lula-Alckmin já disse que não irá revogar. Queremos romper com as barreiras que separam estudantes e trabalhadores para enfrentar com uma só força a precarização do trabalho, da educação e contra toda forma de opressão e exploração:


  •  Pela efetivação imediata de todos os terceirizados!
  •  Por mais concursos e mais contratação de trabalhadores com todos os direitos trabalhistas para suprir toda a demanda!
  •  Pela revogação integral das reformas trabalhista, da previdência e da terceirização irrestrita!

    ABAIXO A INTERVENÇÃO BOLSONARISTA, POR UMA ESTATUINTE LIVRE E SOBERANA, E PELA DEMOCRATIZAÇÃO DA ESTRUTURA DE PODER DAS UNIVERSIDADES

    Na UFRGS, travar todas essas batalhas que desenvolvemos acima significa também se enfrentar diretamente com Bulhões e Pranke, chapa de interventores escolhidos a dedo por Bolsonaro para ser correia de transmissão do projeto privatista e elitista de educação dos capitalistas, e que hoje são mantidos por Camilo Santana no novo governo. Para dar fim às intervenções na UFRGS e a nível nacional, defendemos que a UNE levante a bandeira da luta por estatuintes livres e soberanas, impostas por nossa força a partir das bases, em aliança aos trabalhadores, onde todos os setores sejam representados através de delegados eleitos e o voto seja universal. Nessas estatuintes, teríamos a oportunidade de revogar as medidas autoritárias herdadas da ditadura militar, como a lista tríplice, que permite o governo dar a última palavra sobre quem irá dirigir a universidade, e avançar para acabar de vez com a reitoria e o conselho universitário, conformando uma gestão democrática do poder dentro da universidade, onde cada setor possua representação de acordo com o seu peso real.


  •  Fora iniciativa privada de nossas universidades!
  •  Pela abertura do livro de contas da universidade e recomposição integral de todo orçamento perdido nos últimos 8 anos: mais verba pra educação já!
  •  Pela ampliação das cotas e criação das cotas trans na graduação, rumo ao fim do vestibular!
  •  Pelo fim da lista tríplice e da herança da ditadura dentro da UFRGS!
  •  Por uma estatuinte livre e soberana!

    POR UMA PARALISAÇÃO NACIONAL! Unificar estudantes, indígenas e trabalhadores contra o Arcabouço Fiscal, a Reforma do Ensino Médio, o Marco Temporal, e a CPI do MST

    É em meio às eleições para o 59º CONUNE que nos vemos frente ao primeiro grande ataque neoliberal nacional do governo Lula-Alckmin e do Congresso: o arcabouço fiscal, o novo teto de gastos apoiado por Amoedo e até mesmo por Bolsonaro, que poderá impor ajustes contra os trabalhadores e cortes contra a educação, saúde e cultura, tudo para garantir o pagamento dos juros da fraudulenta dívida pública e o lucro dos banqueiros. E enquanto esse ataque avança no parlamento, é aprovada na câmara a urgência na votação da PL do "Marco Temporal" dos latifundiários e ruralistas, que querem vetar o direito à demarcação de terras indígenas, além de outros ataques desse setor. Ao mesmo tempo, o governo Lula-Alckmin reafirma seu compromisso em não revogar o Novo Ensino Médio, precarizando mais a educação básica e as condições de trabalho des professores.. Todos esses ataques são expressão do que significa a conciliação de classes, que só fortalece a direita e extrema-direita, e devem ser enfrentados unificando estudantes, indígenas, trabalhadores e todos os setores oprimidos numa paralisação nacional construída desde as bases.

    Para isso, precisamos de entidades estudantis que sirvam como ferramentas de luta e mobilização dos estudantes em aliança com os trabalhadores. Uma perspectiva totalmente oposta ao que faz hoje a majoritária da UNE (PT, PCdoB e Levante Popular da Juventude), que quer que nossas entidades sirvam como braços do governo no movimento estudantil. Também não concordamos com a adaptação que as organizações que se colocam como oposição de esquerda (colocar os nomes das chapas) têm em relação à majoritária, seja diretamente compondo o governo Lula-Alckmin (como faz o PSOL), ou contribuindo para a burocratização do processo de eleição rumo ao CONUNE, como faz a UJC na UFRGS ao organizar a eleição mais burocrática e atropelada dos últimos anos (comprovando sua herança stalinista), impondo cláusulas de barreiras para es estudantes inscreverem chapas.

    Por assembleias de base em cada curso, instituto e universidade para construir um dia de paralisação nacional contra o Arcabouço Fiscal, Marco Temporal e demais ataques!

    Aliar estudantes, indígenas, trabalhadores da cidade e do campo, povo negro, mulheres e LGBTQIAP+ contra os ataques neoliberais!

    Nos dias 5 e 6 de Junho, vote chapa 6 - Nosso futuro não será negociado!




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