Trabalhadores da enfermagem vem sofrendo com demissões em massa em alguns estados. A categoria que foi linha de frente na pandemia e que vem enfrentando longos meses de luta pela implementação do piso salarial que apesar de sancionado sofreu um duro ataque por via do STF, inclusive denunciado pela faísca revolucionária no último Conune, agora se deparam com mais esse absurdo.
quarta-feira 27 de setembro de 2023 | Edição do dia
Lula, que gritou aos quatro ventos que o piso salarial chegaria aos contra cheques ao mesmo tempo em que levava a frente o arcabouço fiscal que limita os investimentos na saúde (dentre outras áreas) o que também implica no pagamento do piso, tudo isso pra garantir o pagamento da fraudulenta dívida pública.
A não revogação das reformas tambem mostra seus impactos quando o tratado diretamente entre patrões e trabalhadores sobrepõe o legislado resultando nos acordos coletivos que os patrões tanto usam pra proteger suas fortunas. Hospitais privados chantageiaram os profissionais dizendo que caso fosse implementado o piso iriam demitir em massa e em alguns estados está acontecendo como no Mato Grosso do Sul e na Bahia. As demissões estão sendo sinicamente negadas e chamadas de "ajustes internos". Todos sabem que foi o setor privado que chegou junto ao STF pra embarreirar o piso salarial alegando a falta da fonte de custeio e pra preservar seus lucros astronômicos não medem esforços em por na rua paes e mães de família.
Com a absurda decisão do STF que condiciona a implementação do piso salarial a acordos coletivos entre patrões e trabalhadores e que devem passar por deliberações em cada sindicato na iniciativa privada abre mais ainda espaço pra humilhantes negociações onde a categoria assiste os capitalistas fazendo propostas cada vez menos vantajosas pros trabalhadores ao mesmo tempo que as ameaças acontecem. A luta da enfermagem é uma luta de toda a classe trabalhadora, todas as categorias e não está separada da luta estudantil. Na USP, onde também o curso de enfermagem se levantou comntra a precarização do ensino denunciando até o possível fechamento da obstetrícia, nesse momento estão acontecendo os levantes estudantis como a muito tempo não havia. É necessário que se unifiquem as lutas e seja extraído dota a potência entre a classe trabalhadora e os estudantes.
A enfermagem é uma das categorias que nos últimos anos vem se levantando contra os baixos salários, as jornadas estenuantes e durante a pandemia isso se escancarou mais ainda enquanto os barões da saúde privada enriqueceram ainda mais com tantas internações e demandas por covid19.
É necessário unificar a categoria entre terceirizados, concursados, trabalhadores do setor público e privado, além de um forte apoio de outras categorias de trabalhadores, através de suas entidades, pois uma chantagem dessa que busca retirar uma demanda arrancada pelos trabalhadores após meses de luta mostra como não devemos depositar confiança nas instituições e nem no governo de conciliação que sempre oferece a maior fatia do bolo pros empresários parasitas. Isso mostra como somente a organização e a mobilização dos trabalhadores que pode garantir qualquer conquista.
