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32º Congresso do SINPEEM | Primeiro dia do 32º Congresso do SINPEEM é marcado por espaço aos patrões e microfones cortados aos educadores

Nesta terça-feira, 24 de outubro, iniciou-se o 32º Congresso do SINPEEM, o sindicato dos educadores municipais de São Paulo. São 4 dias de congresso e nós do Movimento Nossa Classe Educação participamos dando batalha para organizar um plano de lutas para enfrentar o projeto e legado de ataques à nossa classe. Defendemos que apenas com a mais ampla democracia em nosso sindicato, com mobilização pela base em cada escola e das comunidades escolares é possível derrotar o projeto e legado de ataques que estamos sofrendo.

quarta-feira 25 de outubro de 2023 | Edição do dia

O primeiro dia de congresso já começou com Claudio Fonseca, há décadas encastelado na presidência deste sindicato, fazendo das suas "tratoradas", silenciando as professoras Grazi, Silvana e Priscila que defendiam uma proposta sobre enfrentamento às opressões para fortalecer o regimento e a condução dos trabalhos do Congresso.

Esse documento que foi construído por trabalhadores da educação e é impulsionado pela CSP Conlutas, Movimento Nossa Classe Educação, Reviravolta na Educação e Luta Educadora apresenta práticas de combate ao machismo, ao racismo, à LGBTQIAP+fobia, à xenofobia e a todas as formas de opressão, ou seja, se mostra fundamental e necessário num espaço onde sistematicamente os setores oprimidos e suas demandas são silenciados, como vimos novamente nos primeiros momentos do Congresso.

Assista a denúncia e a seguir o momento em que as trabalhadoras foram silenciadas no plenário.

O que não faltou espaço foi para os representantes dos patrões. Claudio Fonseca teve o descaramento de convidar Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo, inimigo dos educadores e da população para o Congresso do SINPEEM. Fonseca usou a mesa de abertura do nosso sindicato, que deveria servir para organizar a luta justamente contra Ricardo Nunes e seus ataques à educação e aos educadores, em um palco para setores de direita poderem fazer demagogia. Isso tem nome, conciliação e aqui vemos mais um exemplo de como ela abre espaço para direita e imobiliza nossa luta.

LEIA MAIS: Quem convidaria o patrão para um congresso de trabalhadores? Claudio Fonseca.

No Grupo de Interesse sobre o combate ao racismo em nossas escolas, houve a intervenção de Gio, ATE da EMEF Brasil-Japão.

Gio levantou a questão da divisão da classe trabalhadora fomentada pelos patrões, que ocorre até mesmo entre o quadro docente e o quadro de apoio. Gio lembrou, ainda, que tal divisão acontece com mais profundidade entre os trabalhadores terceirizados e precarizados, em sua maioria negras e negros, que possuem sindicatos patronais que atuam sempre em favor das empresas terceirizadas.

É preciso que todas trabalhadoras e trabalhadores da educação municipal de São Paulo, da limpeza e alimentação aos quadros docente e de apoio, possam se organizar sob o mesmo sindicato, e o SINPEEM deve cumprir esse papel nas nossas lutas. Basta de precarização do trabalho, pela efetivação de todos os trabalhadores terceirizados, sem necessidade de concurso público.

Por fim, acompanhe a intervenção do professor Sérgio Araujo sobre a questão indígena e o Marco Temporal, que ameaça a vida dos povos indígenas, para agradar ruralistas e garimpeiros. O governo Lula não veta todo o projeto e mantém os povos originários em risco é o mesmo que alimenta com fartas verbas esses setores. É essencial que nossos sindicatos, como o SINPEEM e centrais como CUT, encampem essa luta contra o Marco Temporal pela demarcação de terras.




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