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Pernambuco | Raquel Lyra nega reajuste aos professores e diz que é culpa da Guerra na Ucrânia

Em reunião de negociação com o sindicato, a Governadora alegou não ter como aplicar o piso na carreira, pois a Guerra na Ucrânia e a quebra de bancos no exterior balançaram muito as contas públicas do estado.

sábado 15 de abril de 2023 | 22:13

Foto: Cut/reprodução

Em mais uma mostra do seu caráter totalmente contra os trabalhadores, Raquel Lyra negou a possibilidade de dar o reajuste do piso aos professores estaduais. A proposta apresentada pela governadora para a categoria é do reajuste do piso para quem ganha abaixo dele, e nadinha na carreira. Além disso, tal reajuste de quem está abaixo viria só em outubro, com o retroativo dividido em 3 parcelas. Com isso, cerca de 40 mil professores, ativos e aposentados, ficarão sem reajuste enquanto o custo de vida só aumenta. A razão alegada pela governadora seria o “desajuste” das contas públicas, causado pela Guerra na Ucrânia e a falência de bancos nos EUA e Europa.

Apesar do discurso de Lyra, dinheiro não parece faltar por exemplo, para as comunidades terapêuticas, verdadeiros manicômios modernos, que foram beneficiadas com aumento no financiamento por sua reforma administrativa, um gesto para agradar os setores bolsonaristas do estado. A mesma reforma que também aumentou os salários de gestores escolares, aumentando ainda mais a diferença entre esse setor – que atualmente é escolhido de forma antidemocrática, sem nenhum tipo de participação dos professores ou da comunidade escolar – e os professores que estão dentro da sala de aula. Também não faltou dinheiro para o aumento dos deputados e do vice e auxiliares de governo, que ganharão R$29,4 mil e 18 mil para os vices e auxiliares – um valor muito maior que qualquer professor estadual pode sonhar ganhar. Isso sem contar que já tem reajustes previstos para os próximos anos para além dos inúmeros benefícios.

Portanto fica claro a total falácia do discurso de Raquel Lyra para atacar a carreira docente. Frente ao cinismo da proposta da governadora, foram convocados 4 dias de paralisação (20 e 26/4 e 8 e 9/5). Nós do Esquerda Diário e do MRT repudiamos o ataque de Raquel contra os professores e apoiamos sua luta!




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