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UMA MÃO MOLHA A OUTRA | STF determina retorno do dinheiro de Cunha da Suíça, ele dá a entender que “pedalada” não justifica impeachment

quinta-feira 22 de outubro de 2015 | 23:31

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki determinou o bloqueio e o sequestro dos recursos mantidos pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), em contas na Suíça - no total de 2,4 milhões de francos suíços ou R$ 9,6 milhões.

A decisão atende a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Os procuradores temiam que, com a transferência da investigação para o Brasil, o dinheiro fosse desbloqueado e pudesse ser movimentado.

Com o sequestro, os recursos serão depositados numa conta judicial e ficarão indisponíveis até o fim do processo.

O pedido de novo bloqueio dos recursos foi apresentado pela PGR na sexta-feira passada. São duas contas, uma em nome de Cunha e outra da mulher do deputado.

No pedido, o procurador-geral da República em exercício, Eugênio Aragão, diz que não há dúvidas em relação à titularidade das contas. "Há cópias de passaportes - inclusive diplomáticos - do casal, endereço residencial, números de telefones do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto", diz. Seu patrimônio estimado, à época da abertura da conta, era de aproximadamente US$ 16 milhões.

No mesmo dia que sofria este revés Cunha deu passos para distanciar-se do impeachment: fisiologismo geral de Cunha, anti e pró-impeachment

Em retribuição ao favor de ter sido salvo no parecer da CPI da Petrobrás por parte do relator do PT, Cunha deu o toma lá da cá no mesmo dia. Declarou que ter ocorrido “pedaladas” não significa que Dilma seja responsável nem que isto justifica necessariamente um impeachment.

Este movimento de Cunha quando ele está no holofote pela corrupção serve para dar uma mostra que é possível chegar num acordo com ele. Porém este movimento ele não termina de executar para manter portas abertas à oposição, ficando em uma posição que os dois lados por interesses espúrios querem sua manutenção no cargo.
Não há de se estranhar em algum momento um zig-zag dele novamente rumo a oposição nestes movimentos desesperados para se salvar. Este pragmatismo, bem como o fisiologismo, não são características exclusivas dele mas que são compartilhadas pelo PT, PSDB e seu PMDB. As tentativas de acordo de Aécio com Cunha ou de Lula com o mesmo são duas faces da moeda de troca que é a política nacional, para os interesses dos empresários e movida por dinheiro de empresários.




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