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ANTISSINDICALISMO, PERSEGUIÇÃO E RACISMO NA USP | Sentença deverá sair em fevereiro de 2016

Audiência de oitiva das testemunhas ocorreu nesta terça-feira. Sindicalistas, entidades estudantis e lideranças do movimento negro acompanharam Marcello Pablito.

quinta-feira 17 de dezembro de 2015 | 07:52

Na última terça-feira, dia 15 de dezembro ocorreu a Audiência de oitiva das partes e testemunhas do processo que a Universidade de São Paulo move contra o diretor do Sindicato dos Trabalhadores da USP Marcello Pablito, auxiliar de cozinha no Restaurante da Física. O processo pede a demissão por justa causa de Pablito, referente à manifestação de estudantes e trabalhadores que pediam, em 14 de abril de 2015, a implementação das cotas raciais na USP.

Na Audiência, junto com a USP estiveram as chefias e nutricionistas dos Restaurantes da USP, e membros da Guarda Universitária. Acompanhando Marcello Pablito estiveram sindicalistas, estudantes e lideranças do movimento negro. Segundo o advogado de Pablito, Dr. Luis Moro, a audiência correu regularmente e evidenciou a perseguição política e sindical bem como a indisposição da USP de tratar institucionalmente do tema da discriminação racial e instauração efetiva das cotas. Depois da apresentação das razões finais, deverá ser divulgada a sentença, o que ocorrerá no mês de fevereiro.

Diana Assunção, também diretora do Sintusp, esteve na comitiva que acompanhou Marcello Pablito. "O ataque à Pablito é um ataque a todos os trabalhadores e estudantes da USP, em especial negros e negras. Queremos evidenciar não somente a ampla perseguição política aos dirigentes sindicais, mas também os atos de racismo cometidos pela universidade, que em sua defesa chegou ao cúmulo de dizer que Pablito não é negro e não se mostrou como um dirigente eficiente neste tema. Vamos continuar com uma campanha denunciando esta situação", disse Diana.

Com vários trabalhadores da USP protestando em frente ao Fórum Trabalhista

Na Comitiva, vários trabalhadores do Restaurante e da Prefeitura da USP estiveram presentes, assim como diretores do Sintusp e do Conselho Diretor de Base do Sintusp, o Centro Acadêmico do curso de Letras da USP (CAELL), bem como o Centro Acadêmico do curso de Educação (CAPPF). Delegados sindicais do Metrô de São Paulo, conselheiros estaduais da APEOESP, delegados sindicais da Caixa Econômica Federal, representantes do Movimento Negro Unificado e da Ocupação Preta também compareceram.

Claudionor Brandão e Magno de Carvalho, diretores do Sintusp
Miltão, do Movimento Negro Unificado
Diretores do Centro Acadêmico do curso de Letras da USP (CAELL)
Thaís Oyola, delegada sindical da Caixa Econômica Federal; Marília Rocha, delegada sindical do Metrô de São Paulo e demitida política e Lourival Aguiar, compõe a Secretaria de Negros e Negras do Sindicato dos Metroviários de São Paulo
Gabriely, da Ocupação Preta
Willian Garcia, diretor do Centro Acadêmico do curso de Educação da USP (CAPPF)



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