×

Piso Salarial da Educação | Trabalhadores da educação de MG farão 48h de paralisação em campanha salarial contra Zema

Em Assembleia realizada nesta quarta (22), que foi um dia de paralisação na rede estadual de educação de MG, trabalhadores da educação decidiram por 48h de paralisação nos próximos dias 13 e 14 de março, como parte de sua campanha salarial no estado em que o governador Romeu Zema pretende seguir pagando um dos piores salários do país.

sexta-feira 23 de fevereiro | Edição do dia

Após protagonizarem mais de uma dezena de paralisações no ano passado, em luta contra os ataques do governador de extrema direita Romeu Zema, os trabalhadores da educação iniciaram 2024 com mais uma paralisação, dessa vez dando início à sua campanha salarial. Não bastasse que a profissão docente seja uma das mais mal pagas do país, MG é um dos estados com o menor salário, muito longe do piso salarial da categoria.

É uma realidade gritante que muitos trabalhadores da educação ainda estejam sem salários por sequer terem conseguido aulas nas humilhantes, desorganizadas e nebulosas designações, em que muitos professores não consequem a quantidade de aulas necessárias para pagar suas contas e muitos ainda não sabem quando saírão do desemprego. Recebemos algumas denúncias desse processo, que podem ser lidas aqui.

Nesse sentido, a campanha salarial da categoria esse ano encontra o desafio de unir efetivos e designados em uma só força. Foi o que argumentou Flavia Valle, professora de sociologia e militante do coletivo Nossa Classe Educação, na reunião do Conselho Geral do SindUTE-MG, que se reuniu na manhã de ontem, antes da Assembleia. Flavia defendeu uma organização desde cada escola a partir dos Conselhos de Representantes de Base:

Na Assembleia, professores defenderam que houvesse um novo espaço geral de debates e deliberações democráticas durante a próxima paralisação. A professora Elisa Campos fez a defesa dessa proposta, para fortalecer a decisão desde as bases para os próximos passos da paralisação:

Também foi deliberado na Assembleia o apoio aos trabalhadores da rede municipal de educação de Belo Horizonte, em greve em defesa de seus salários contra a precarização que o prefeito Fuad Noman (PSD) quer impor, e enfrentando as arbitrariedades do judiciário. A unidade entre as categorias certamente fortalece essa luta que é uma só.

Uma só luta também é a da classe trabalhadores internacionalmente contra o imperialismo e por isso em defesa do povo palestino. Nos espaços da paralisação, diversos trabalhadores expressaram seu apoio ao povo palestino e seu rechaço à extrema direita e ao sionismo que ameaçam um impeatchment de Lula por sua denúncia do genocídio israelense. O coletivo Nossa Classe Educação interviu defendendo que esse rechaço deve se dar com independência do governo de frente ampla e sua conciliação com setores que inclusive são apoiadores do estado assassino de Israel. As centrais sindicais precisam sair de sua paralisia para impor pela luta a ruptura de relação entre Brasil e Israel.

Segue o cronograma de atividades tirado na Assembleia da rede estadual:

Agenda de Mobilizaçao:

28/02: Lançamento da campanha salarial dos trabalhadores da rede estadual

29/02: Ato em defesa do povo Palestina junto ao Comitê Mineiro de Solidariedade ao Povo Palestino

05/03: Vigília na ALMG

08/03: Dia Internacional de Luta das Mulheres

13/03 e 14/04: Greve de 48 horas da rede estadual de educação




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias